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APÓS CASO PRETA GIL

Médica serra-talhadense dá dicas de prevenção ao câncer colorretal

Médica serra-talhadense dá dicas de prevenção ao câncer colorretal
Instituto Nacional de Câncer (Inca) – Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Farol com informações do Portal Rios de Notícias

Após a precoce morte da cantora Preta Gil, aos 50 anos, no último dia 20 de julho, em decorrência de um câncer colorretal, cresce o alerta para detecção e cuidados para evitar o desenvolvimento da doença.

Foto: Reprodução

De acordo com a médica Poliana Signorini, a doença se desenvolve aos poucos e se manifesta através de alterações em células da mucousa do intestino. É comum o surgimento de lesões poliposas benignas, que podem evoluir para displasia e posteriormente, para o câncer. Ela pontua que o rastreamento regular por meio de exame de sangue oculto nas fezes e colonoscopia para investigação e remoção de pólipos adenomatosos é essencial, especialmente para a população de risco intermediário e alto.

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Poliana também ressalta os avanços no tratamento. “Nos últimos anos, tivemos melhorias nas cirurgias, que estão cada vez menos invasivas, e a incorporação de tecnologias como imunoterapia e terapias-alvo, indicadas conforme o perfil genético e molecular do tumor”, ressalta.

O tratamento varia conforme a localização do tumor – seja no cólon direito, esquerdo ou reto (alto, médio ou baixo) – e deve sempre ser individualizado. O tipo mais comum é o adenocarcinoma, com subtipos mais raros ocorrendo com menor frequência. Quanto ao caso da cantora Preta Gil, a médica explica que o rastreamento deveria ser individualizado com base nos fatores de risco dela.

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Foto: Reprodução

A médica oncologista serra-talhadense Emmanuely Duarte, também chama a atenção para um dado de grande relevância. Segundo ela, o aumento dos diagnósticos é real e crescente em todo território nacional, sobretudo, entre os adultos mais jovens, devido a fatores diversos, dentre eles, sedentarismo e hábitos alimentares inadequados.

“Esse crescimento está relacionado a hábitos de vida ruins, como sedentarismo, consumo excessivo de alimentos ultraprocessados, carnes vermelhas, álcool e tabaco”, aponta.

Ela acredita que é necessário proporcionar acesso a população para a realização de exames preventivos, que possam realizar uma triagem, antes de partir para a realização da colonoscopia e ressalta a importância de considerar e analisar o histórico familiar de cada paciente:

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“É preciso investir em mão de obra qualificada e implantar, inicialmente, testes de triagem como o de sangue oculto nas fezes, para depois selecionar os pacientes que realmente precisam de colonoscopia”, detalha a médica.

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A médica também pontua que embora existiam tratamnentos avançados disponíveis no país, o acesso pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ainda é restrito: “É necessário ampliar o acesso aos painéis genéticos amplos, que ajudam a identificar alterações específicas nos tumores e guiar terapias direcionadas.”

Por fim, Emmanuely afirma que o caso da cantora Preta Gil ajudou a dar visibilidade a doença e influenciou a mudança de comportamento de muitos pacientes. Segundo ela, aumentou a busca por exames e a preocupação com sintomas que antes eram ignorados.

ATENÇÃO AOS SINTOMAS

As especialistas apontam que os exames devem ser iniciados, em geral, entre 40 a 45 anos, dependendo do histórico familiar de cada paciente ou da existência de doenças que aumentem o risco e pontuam que alguns sinais de alerta do câncer colorretal são frequentemente negligenciados:

Mudança repentina nos hábitos intestinais;
Presença de sangue ou escurecimento das fezes;
Perda de peso sem explicação;
Desconforto abdominal persistente.

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