
Nesta sexta-feira (1º), Giovanni Sá recebeu no Programa Falando Francamente, da Tv Farol de Notícias no YouTube, o médico Veterinário Dr. Jackson, responsável pelo Centro de Zoonoses e também o Cordenador da Vigilância Sanitária de Serra Talhada, Joel Rita.
Na manhã de hoje, o Farol publicou o relato de uma ativista da causa animal, alertando sobre a realização de eutanasia em animais em Serra Talhada [releia abaixo]. Bem como, a cobrança para reduzir a quantidade de animais nas ruas. Durante a entrevista, os profissionais esclareceram sobre o ocorrido.
“Eu recebi até com certa surpresa esta questão de eutanasia no Centro de Zoonoses. É importante deixar claro, eu já estou há 12 anos trabalhando no centro e a gente nunca teve problema de denúncia de eutanasia, de forma irregular, no zoonoses.
Até porque eu sou protetor e como médico veterinário, prezo muito pelos animais”, afirmou Dr. Jakson, continuando:
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“A gente sabe que por lei o animal só é eutanasiado se der positivo para uma doença intratável ou incurável, como no caso da leishimaniose. E para isso, a gente tem que fazer os dois testes, não só o rápido, mas também, o sorológico. Se der positivo, aí sim, infelizmente, o animal é eutanasiado. Ou em casos de animais que estejam em estado terminal, como prevê a lei”, explicou o profissional.
EPIDEMIA EM GATOS
Ainda segundo o veterinário do Centro de Zoonozes, a capital do xaxado tem enfrentado uma epidemia de Esporotricose, que é uma doença fúngica adaptada ao organismo dos gatos.
“Estamos vivendo uma verdadeira epidemia, não só em Serra Talhada, mas em todo o Brasil. São feridas pelo corpo do gato, que não saram e pegam no homem, desenvolvendo a doença. É uma doença tratavél e curável e a gente não pode de jeito nenhum, fazer eutanasia nestes animais. A gente não vai cometer um crime ambiental. A gente tenta minimizar o sofrimento, é mais uma questão de bem estar animal”.
RECURSOS ESCASSOS PARA ANIMAIS
Os encarregados do Centro de Zoonozes também esclareceram que a pauta levantada pela ativista da causa animal não corresponde a Secretaria de Saúde. De acordo com o responsável pela Vigilância Sanitária, Joel Rita, “é proibido gastar dinheiro da saúde, a não ser com a saúde”.
“O Ministério da Saúde passa para comprar medicamentos para o município R$ 58 mil. O estado manda R$ 18 mil, mas é atrasado. São R$ 76 mil ao todo, mas o município gasta ao todo, em torno de R$ 400 mil por mês com medicação, atadura e material necessário para atender as unidades de saúde. Não vem nada para o animal, porque o SUS não pode destinar recursos para a saúde animal e se for detectado, é improbidade”, justificou.
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Ativista alerta sobre a eutanásia de animais em ST e outros problemas
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