Matilha nas ruas de Serra Talhada - Foto: Arquivo Farol de Notícias
Matilha nas ruas de Serra Talhada – Foto: Arquivo Farol de Notícias

Por Telma Pereira, moradora do bairro AABB, em Serra Talhada

Até quando, Márcia? A população de Serra Talhada pede providências urgentes!

É com um misto de indignação e desespero que nós, moradores da quadra 5 na AABB e região, próximos à praça dos Ipês, nos manifestamos sobre um problema que se agrava a cada dia em Serra Talhada: a crescente e perigosa população de cães de rua. Não se trata apenas de uma questão de abandono, mas de uma ameaça real e constante à nossa segurança.

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A situação já atingiu um ponto insustentável. Todos os dias, somos testemunhas de cenas de brutalidade: matilhas de cães de rua atacam e matam gatos de rua de forma cruel. Mas a violência não para por aí. Pessoas que circulam a pé ou de moto também se tornam alvos fáceis.

O medo de circular pelas ruas, que deveriam ser espaços seguros, tornou-se uma realidade. A indiferença do poder público diante deste cenário é, no mínimo, revoltante. A prefeitura e os órgãos competentes precisam entender que esta não é uma questão menor. É uma questão de saúde pública, de segurança e de bem-estar animal. A inação e a falta de providências efetivas da gestão municipal são inaceitáveis.

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Precisamos de uma ação urgente e coordenada. Já entramos em contato com o Centro de Zoonoses, que, lamentavelmente, não nos deu nenhuma solução. As únicas alternativas oferecidas por eles – a captura de animais no cio, com suspeita de zoonoses ou que já atacaram um humano – são ineficazes e não resolvem o problema.

Mesmo com denúncias anteriores de ataques e mordidas a pessoas, não há uma política clara para evitar que esses incidentes ocorram novamente. Os cães continuam a circular livremente, principalmente após as 22h, e a população vive com a incerteza de quando o próximo ataque acontecerá.

É preciso implementar políticas de controle populacional, como a castração em massa. No passado, a prefeita Márcia chegou a iniciar um projeto, mas, infelizmente, não vimos resultados efetivos, e o carro de castração nunca chegou ao nosso bairro. É fundamental que haja um abrigo municipal adequado para acolher esses animais. Afinal, castrar e devolvê-los às ruas não resolve o problema da superpopulação e dos ataques. A criação de um local onde esses animais possam ser resgatados e colocados para adoção seria uma solução que evita o sacrifício e oferece a eles um destino digno e seguro.

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Até quando, Márcia? Nós, que também somos seus eleitores, esperamos uma atitude à altura da gravidade deste problema. A população de Serra Talhada não pode mais esperar. A nossa segurança e a vida dos animais dependem de uma ação imediata.

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📌 Obrigações da Prefeitura – Dever de Ação Imediata

A legislação brasileira é clara: a Prefeitura tem a responsabilidade primária e intransferível de proteger a população contra riscos de saúde e segurança causados por animais de rua.

Isso significa que, diante de matilhas agressivas que atacam diariamente não apenas outros animais, mas também pessoas, expondo a população a risco constante, o poder público não pode se omitir. Cabe ao município, por meio do Centro de Zoonoses, realizar imediatamente o recolhimento desses cães que representam perigo comprovado, sob pena de responsabilidade por negligência.

Além da ação emergencial de recolhimento, a gestão municipal deve implementar:
Programas de castração em massa para controlar a superpopulação;

Vacinação e monitoramento permanente contra zoonoses;

Acolhimento em abrigos ou convênios com entidades locais, visando adoção responsável.

Ignorar a gravidade dessa situação fere a Constituição Federal (art. 225), a Lei Orgânica da Saúde (Lei nº 8.080/1990) e expõe moradores e animais a riscos inaceitáveis.

A Prefeitura de Serra Talhada tem o dever legal e moral de agir de forma urgente, sob pena de responsabilização civil, administrativa e até criminal pela omissão.