Família de ST descreve a emoção em receber a Bandeira da Penha

Nesta sexta-feira (29), tem início a 235ª Festa em honra a Nossa Senhora da Penha. A Paróquia da Concatedral de Serra Talhada está nos preparativos finais, para com muita fé e devoção, realizar esta que é uma das maiores manifestações da fé católica no Sertão do Pajeú e todos os anos, atrai uma grande quantidade de fieis, durante todas as noites e na procissão, que acontece no dia 8 de setembro.

Como parte da tradição, todos os anos a bandeira de Nossa Senhora da Penha é sorteada no dia do encerramento da festa e passa um ano na casa da família guardiã, até o início da próxima festa.

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Em 2024, a família sorteada para cumprir esta importante missão, foi a de João Miguel Lima da Silva, de apenas 11 anos. Ele é morador da Rua Manoel Pereira Lins, em Serra Talhada e em contato com a reportagem do Farol de Notícias, nesta segunda-feira (25), contou que este momento já era bastante aguardado por ele, pois, já participou do sorteio por três anos seguidos e apenas na quarta tentativa foi sorteado.

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“Eu tenho uma certa devoção, porque eu tenho também várias devoções, mas a maior delas é claramente Nossa Senhora da Penha. Em 2021, época ainda de pandemia, eu tentei, não consegui, tentei em 2022, também não consegui, 2023 também, mas em 2024 ela me escolheu. Finalmente. Deu tudo certo, finalmente. Quatro anos, não é brincadeira, não. É um momento de fé, basicamente, um momento de fé e amor. Também de várias emoções, mas não dá pra descrever qual eu estava sentindo naquele momento”, pontuou João, que aproveitou para fazer um convite especial para a população:

“Eu quero fazer um convite para todo mundo e quero que o Farol de Notícias esteja aqui também na minha casa, para a abertura da festa. Nós vamos rezar o terço, às 18h, aqui em casa, na Rua Manoel Pereira Lins, nº 504 e depois vamos seguir em procissão com a bandeira, para a Concatedral de Nossa senhora da Penha, para participar da missa se Deus quiser e vai ser muito bonito”

TRAJETÓRIA DE FÉ E DEVOÇÃO

João Miguel é neto de Dona Maria Eulália Lima do Nascimento Silva, 63 anos. Popularmente conhecida como Lala, há 25 anos ela dedica sua vida e várias horas por dia, para cuidar da Concetedral. Ela conta que sua devoção começou antes mesmo desta data e sempre frequentou a igreja com seu esposo João Batista, que faleceu em 2015, em decorrência de um acidente, e de suas duas filhas. Durante a entrevista, Lala também contou como foi sua chegada para trabalhar como sacristã na igreja:

“A gente já participava, eu e meu esposo. Aí veio as duas filhas. Ele foi ministro da Eucaristia também, na paróquia durante muitos anos, ia ser diácono, estava se preparando antes do acidente. E eu, depois de um tempo, quando o na época, o Padre Egídio assumiu a paróquia, depois, com o tempo, ele me convidou para ser sacristã. Até então, eu não sabia o que era nem ser sacristã, porque eu só participava da missa na assembleia”, disse, complementando:

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“Eu ia para a assembleia e voltava. Aí, quando ele me convidou, eu disse, eu vou, agora eu não sei nada, não sei mexer em nada. Mas meu esposo sempre tirava as férias de Cícera, que antes era Cícera, que trabalhava na paróquia. Aí eu fui. Ele disse, ninguém nasce aprendido. A gente aprende no decorrer do tempo. Aí foi aí que eu continuei. Fui aprendendo até hoje. Já passei por vários padres. Passa, vai embora, e eu vou ficando.Vou aprendendo a trabalhar com eles, da maneira deles”, explicou.

“Com bastante alegria e emoção, ela relembra que esta é a terceira vez que tem a graça de receber a bandeira de Nossa Senhora da Penha em sua residência e descreve que em cada vez, é sempre uma emoção diferente. Durante este período, a família costuma se reunir diariamente para rezar o terço e agradecer pelas bençãos concedidas”.

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“É muito gratificante a gente está pertinho de Nossa Senhora da Penha, principalmente da bandeira que está aqui há um ano. A gente reza o terço todos os dias em família. E todo dia você vai dormir, você dá uma boa noite a ela. Quando amanhece o dia também você dá um bom dia. E você sabe que ela está ali guardando toda a família, guardando a nossa casa, guardando todos os serra-talhadenses. É uma sensação… Não tem nem como explicar. É uma fé muito grande. Tudo que eu peço a ela, sempre ela me dá. Sempre, sempre. É uma graça muito grande. É um carinho que não tem explicação.”, pontuou Dona Eulalia, continuando:

“O primeiro ano que eu recebi a bandeira foi em 2007. Era eu e meu esposo. Ele sempre colocava o nome, eu sempre dizia, mas nós somos simples. Mas eu quero. Aí ele colocava o nome. A gente foi sorteado. Passou o ano com a gente. Do mesmo jeito, a gente rezando o terço. As meninas ainda eram pequenas e saiu daqui. Quando foi em 2011, foi minha filha. Ela pediu uma graça e conseguiu. Mas a bandeira passou pouco tempo com a gente, foi quando minha casa incendiou. E ela foi junto. Mas a gente foi, fez essa daí, que está aí hoje”, complementou:

“Miguel vinha há quatro anos colocando o nome. Sempre sonhando. Essa é a terceira vez que ela vem aqui para a minha casa. E se vier mais outra vez, eu recebo de novo. Eu não sei te dizer assim… É sempre uma emoção diferente, totalmente diferente a cada ano. É um amor maior. É uma coisa que não cabe dentro de nós. Não só eu, como minhas filhas, meu neto. E é muito gratificante. A gente receber a bandeira na casa da gente”, finalizou Lala.

ABERTURA DA 235ª FESTA DE NOSSA SENHORA DA PENHA

A programação inicia com o terço, às 18h, na residência de João Miguel e família, localizada na Rua Manoel Pereira Lins, nº 504, próximo ao abrigo Ana Ribeiro. Em seguida, os fiéis saem em procissão, em direção a Concatedral de Nossa Senhora da Penha, onde acontecerá a celebração da missa, pelo bispo diocesano emérito Dom Egídio Bisol.