
Por Cornélio Pedro da Costa, Policial civil aposentado, âncora da TV Farol e analista política
Uma indagação nos vem à mente. Para que serve o tão propagado orçamento participativo municipal? Se muitas de suas decisões aprovadas não produzem efetivamente o investimento nem o resultado esperado.
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Olá, amigos faroleiros, não sei se faz parte da Lei de Diretrizes de Base (LDO), mas a nossa análise hoje vem no embalo organizacional e confuso da nossa charmosa e famosa Festa de Setembro, a festa da Padroeira Nossa Senhora da Penha, em seus 235 anos de muitas histórias e tradição, que finalmente foi anunciada. Impossível não ficar apreensivo, embora esperançoso.
Ó VIRGEM MÃE PURA E BELA, A ESPERANÇA DO CRISTÃO. Assim começa o hino da nossa padroeira. Rememorar sua importância e características particulares, além é claro de seus efeitos simbólicos e afetivos em cada um de nós, que vivemos e caminhamos neste ciclo histórico entre muitas mudanças e transfigurações deste grande evento público, sempre muito esperado como parte de nossa alma serra-talhadense.
Além de cultural e tradicional, estar em Serra Talhada neste período e é a grande pedida para muitos de seus naturais. Todos os caminhos e projetos entre os aspectos lúdico e litúrgico convergem para aquele espaço público da saudosa Praça Sérgio Magalhães, agora dividido, muito embora ali e de fato seja o lugar. Algo que se assemelha aos encontros familiares, até afirmaria que sim, é parte da composição do nosso DNA.
Em suma, pode até não ter carnaval, São João, réveillon. Agora, não ter um planejamento antecipado para organizar este momento simbólico e espiritual de fé e tradição cultural é algo que beira a blasfêmia, imperdoável, um terrível descaso e desrespeito com aquilo que determina em nós uma identificação que se relaciona efetivamente com questões muito além da política. E parte de processos espirituais, econômicos e sociais de cada um dos filhos desta terra.
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Impossível achar que falta competência ou capacidade organizacional em quem já provou que sabe como fazer, mas o que se estabeleceu nestes últimos momentos relativos à insegurança e instabilidade, ausência de comunicação e transparência, criou o espaço para a suspeição de um esvaziamento e encolhimento deste majestoso evento.
É preciso enfatizar que, embora tudo esteja se consumando, e esperando que, sem sombra de dúvidas, tenhamos um evento de grande sucesso, é preciso que as futuras decisões relacionadas aos chamados calendários culturais de nossa história recebam o respeito e valor que merecem.
3 comentários em Faltou planejamento e organização para a Festa de Setembro em Serra Talhada?