Fotos: Lais Gomes/Farol de Notícias
Fotos: Lais Gomes/Farol de Notícias

No próximo dia 10, é o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. Este problema de saúde pública diariamente atinge pessoas das mais variadas idades, por isso a campanha Setembro Amarelo surgiu no Brasil, com a ideia de quebrar tabus, reduzir estigmas e estimular que as pessoas busquem e ofereçam ajuda, para prevenir que mais casos ocorram.

Diante deste cenário, nesta quinta-feira (4), Giovanni Sá recebeu no Programa Falando Francamente, da TV Farol de Notícias no YouTube, a psicóloga Nângella Santana. Durante a entrevista, a profissional contou que foi vítima de abuso e já chegou a tentar contra a própria vida por três vezes e então decidiu cursar Psicologia, para que pudesse ajudar outras pessoas que já passaram por isso, a saírem desta situação.

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“O setembro amarelo surge porque foi o mês em que mais foi identificado o suicídio, mundialmente. Foi visto pelas porcentagens que próximo ao final do ano, sempre tinham mais avanços e mais perigo de suicídio, então, é importante sempre estar falando sobre isso, porque não é apenas em setembro, é em todo o ano, o mês vem para representar o tempo, as relações, as situações, e o setembro amarelo também vem com a representação do girassol”, explicou a profissional.

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“Minha carreira começou com experiências de vida. Desde criança, eu passei por muita coisas e foi importante me conhecer, conhecer tudo que tem ao meu redor, para que pudesse facilitar o meu entendimento. Quando entendi isso, ficou muito mais fácil entender o que as pessoas passavam. Eu tentei suicídio na adolescência por três vezes. Quando eu tinha de 4 para 5 anos de idade, eu sofri abuso e isso deixou uma marca e uma ferida muito grande e toda doença, depressão, ansiedade, é uma utilidade para que as pessoas vejam. Ou a gente aproxima as pessoas com tais doenças, ou a gente afasta e no momento, na adolescência, eu queria ser vista.”, relatou Nângella, continuando:

“Pessoas que estudaram comigo na época, lembram que eu vivia chorando, porque eu queria ser vista, cuidada, protegida e isso era importante para mim. Eu acabava que aquelas dores, aquelas inseguranças que eu sentia, era besteira, porque as pessoas falavam que eu era frescura, que eu queria atenção, mas é um tipo de atenção diferente quando a gente necessita disso e as emoções são muito afloradas. Então, a primeira tentativa aconteceu de 11 para 12 anos, a segunda de 14 para 15 e a terceira entre 17 e 18 anos, porque a gente nessa situação, quer atenção sem que seja necessário falar, através de comportamentos”, disse Santana, acrescentando:

“Eu comecei a fazer faculdade e comecei a entender as coisa. Eu nem queria fazer faculdade e fui incentivada por um namorado e foi aí que eu comecei a entender, comecei a perceber todos os meus padrões, os meus comportamentos e que não valia a pena eu tirar a minha vida, para que as pessoas pudessem me ver. Quem realmente precisava me ver, era eu”, finalizou.

ATENDIMENTOS

A psicóloga Nãngella Santana realiza atendimentos remotos e em Serra Talhada, realiza atendimento de crianças à domicílio. Para mais informações ou agendamentos, entre em contato através do número: 87 99644-7293

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