Professora Francisquinha Godoy, um Ser de Luz, e 52 anos de saudades

Por Paulo César Gomes, Professor, escritor e colunista do Farol

Há pessoas que passam pela vida como uma brisa suave, deixando no coração dos outros uma paz difícil de explicar. Assim era Francisquinha Godoy — que na adolescência foi uma sonhadora, logo tornou-se uma professora dedicada, uma mãe terna, e certamente em um plano superior esteja olhado pelos netos e bisnetos. Hoje, cinquenta e dois anos depois da sua partida, ainda parece que seu olhar doce nos acompanha, como uma chama que não se apaga. Como o seu sorrido e olhar brilhante em uma de suas últimas fotos.

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Quem conviveu com Francisquinha lembra-se do seu jeito simples e amigo. Era mulher de gestos pequenos, mas que carregavam grandeza, foi sempre uma pessoa caridosa, fazia doações para o abrigo Ana Ribeiro, entre tantas outras ações de caridade. Era devota de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é um título para a Virgem Maria, mãe de Jesus, que representa a sua intercessão constante e a sua ajuda para com os fiéis em momentos de aflição.

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Dona Francisquinha sempre tinha uma palavra de conforto, um sorriso aberto, a mão estendida para ajudar. Para cada pessoa, ela tinha um modo especial de acolher. Não havia quem não se sentisse melhor depois de um encontro com ela.

Dizem que há seres que, sem saber, espalham milagres. Com Francisquinha, foi assim. Histórias de curas, de promessas atendidas, de fé renovada passaram a ser contadas depois de sua ausência física. A prova do pagamento dessas promessas esteve por anos na casa onde residia e hoje, no túmulo (fotos abaixo) onde foi sepultada, lugar de visita e de oração. Muitas promessas foram pagas nesses dois lugares, com velas acesas, flores deixadas em silêncio e corações agradecidos por graças alcançadas.

A lembrança que mais vive é a da professora paciente, que ensinava com ternura e acreditava que cada aluno carregava um futuro possível. Mas também a da mulher que sonhava, que sorria, que tinha a vida inteira pela frente e que, mesmo interrompida antes do tempo, se fez eternidade no afeto dos que a amaram.

Cinquenta e dois anos se passaram. E ainda assim, ao pronunciar o nome de Francisquinha Godoy, muitos olhos se enchem d’água — não de tristeza, mas de gratidão. Porque ela continua presente no amor que semeou, nos exemplos que deixou e no mistério de sua luz que atravessa gerações.

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Francisquinha Godoy não foi esquecida. Ao contrário: tornou-se lembrança viva, memória que aquece, estrela que guia.

E nós, que ainda caminhamos por aqui, seguimos repetindo em silêncio:

Obrigado, Dona Francisquinha, por ter existido!