Vereador de Márcia ataca Raquel: ‘Marido morreu, quem vai ser agora?’

A hipocrisia domina esses vereadores, não vejo nenhum vereador capacho da prefeita falar da saúde do município que vai de mal a pior, falta tudo nos postos, uma secretaria mal administrada, e esses vereadores não fazem nenhuma cobrança, isso é uma vergonha.

A que ponto chegou a política da Câmara Municipal de Serra Talhada, onde, antes, se debatiam projetos e leis, e hoje vemos um espetáculo semanal de agressões verbais, falta de empatia e até ataques pessoais. A bola da vez é a governadora Raquel Lyra, que vem sendo massacrada semanalmente, ao ponto de um "parlamentar" ironizar a morte de seu marido, ocorrida durante o pleito eleitoral de 2022. O mais interessante é que, até um tempo atrás, os mesmos que hoje perseguem a governadora de forma incansável, usavam a mesma tribuna para tecer elogios e agradecimentos a ela. O que vemos hoje em Serra Talhada é uma política de conveniência: quando se tem algo a ganhar, o indivíduo endeusa; mas, quando não mais, se critica de forma ferrenha e sem fundamentos. Essa instabilidade na postura dos parlamentares reflete a fragilidade de uma política que, ao invés de priorizar o interesse público, se torna um jogo de interesses pessoais e estratégicos. O poder se torna um objeto de troca, onde a verdade e os princípios são deixados de lado em nome da conveniência do momento. O que deveria ser uma disputa saudável para melhorar a cidade e o estado, acaba se transformando em um cenário de inimizades e deslealdade, onde a ética e o respeito perdem espaço para o oportunismo e a desinformação. O mais alarmante nessa dinâmica é o efeito que ela tem sobre a população. O distanciamento entre o poder público e os cidadãos aumenta, criando uma atmosfera de desconfiança e ceticismo. Quando os próprios representantes, que foram eleitos para trabalhar em prol do bem coletivo, se deixam dominar pela vaidade, pelo rancor ou pela vingança, a democracia fica enfraquecida. O povo, que deveria ser o centro da política, muitas vezes acaba se tornando um espectador passivo, alheio a esse espetáculo de baixarias. A política não pode ser movida por vingança ou ego. Ela precisa ser guiada por um compromisso com o futuro das gerações e o bem-estar de todos, independentemente de ideologias ou alianças momentâneas. O povo de Serra Talhada, e de qualquer outra cidade, merece uma política transparente, ética e construtiva, onde as diferenças sejam debatidas de maneira civilizada e com respeito mútuo. A política deve voltar a ser um campo para ideias, para o diálogo e para soluções, e não um terreno onde se luta pelo poder a qualquer custo.