
Com informações do Diário de Pernambuco
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) de Pernambuco confirmou três novos casos da infecção pelo fungo Candida auris no Hospital Otávio de Freitas (HOF), na capital Recife. Os diagnósticos, detectados durante a vigilância hospitalar de rotina, são de pacientes do sexo masculino, com idades de 33, 44 e 49 anos. Conforme a SES, todos tinham histórico de tratamento de algumas doenças de base, como AVC, câncer e tuberculose.
Do total de casos confirmados, um paciente permanece internado e em isolamento na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) respiratória, com seu estado de saúde considerado estável. Os outros dois homens, de 44 e 49 anos, vieram a óbito. De acordo com o comunicado oficial, as mortes ocorreram “em decorrência das doenças de base” que já os acometiam, e não diretamente pela infecção do fungo.
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Em resposta aos casos, a direção do hospital, seguindo orientações da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) e da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) da unidade, determinou a suspensão temporária de novas admissões na UTI respiratória onde o paciente infectado está isolado.
As visitas ao setor continuam permitidas, mas com um número restrito de visitantes. A suspensão de novas entradas tem como objetivo permitir a execução completa das medidas de limpeza e desinfecção de superfícies, além do monitoramento dos pacientes a fim de evitar o surgimento de novos casos.
O protocolo de controle de infecção no HOF foi reforçado, enfatizando a higiene das mãos, uso apropriado de equipamento de proteção, além da limpeza e desinfecção do ambiente de atendimento do paciente e de equipamentos com produtos recomendados, numa tentativa de conter a disseminação do superfungo.
Outros Casos no mesmo hospital
Este não é o primeiro episódio de Candida auris no HOF. O estado de Pernambuco já havia registrado dois casos anteriores na mesma unidade hospitalar. O primeiro foi confirmado no dia 18 de fevereiro, em uma mulher de 51 anos que estava sob monitoramento em isolamento. O segundo caso, também em uma paciente do sexo feminino, de 29 anos, foi detectado no dia 5 de março.
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O que é o Candida Auris?
O Candida auris é classificado como um “superfungo” devido à sua alta resistência aos medicamentos antifúngicos convencionais, o que torna seu tratamento complexo. Sua identificação em laboratório também é um desafio, pois exige métodos laboratoriais específicos.
Identificado pela primeira vez no Japão, em 2009, o fungo chegou ao Brasil durante a crise sanitária da Covid-19. O primeiro surto nacional foi registrado em Salvador, em 2021, em um contexto de superlotação dos hospitais na pandemia.