Márcia
Foto: Divulgação / Secom

O amanhecer dessa quarta-feira (24) foi agitado no bairro AABB. Por volta das 06h30, um movimento frenético de veículos chamou a atenção de quem passava nas intermediações da residência da prefeita Márcia Conrado (PT). Todos os vereadores foram convidados para tomar um café ‘amargo’ com a gestora, que finalmente ‘puxou o freio de mão’ e assumiu a tarefa de por ‘ordem na casa’.

O ESTOPIM

Não poderia ter sido diferente. Há cerca de um mês, boa parte dos vereadores governistas vêm assumindo postura de ‘independência’ quanto às Eleições 2026. Equação simples: o fenômeno Charles de Tiringa conquistou apoio de pelo menos seis parlamentares. Por enquanto.

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No último dia 20, uma matéria do Farol alertava que o deputado Fernando Monteiro e Sebastião Oliveira estavam levando um ‘drible’ da base de Márcia. E o articulista Cornélio Pedro alertou que tudo poderia estar acontecendo com a anuência de Márcia (Leia matéria completa aqui).

MÁRCIA REAGIU E PARTIU PRA CIMA

Mas voltando para a reunião de ontem (quarta-feira) não foi isso que ocorreu. A prefeita mandou um duro recado para os presentes na base do “ame-o ou deixe-o”. Com um caderno nas mãos, disse que não aceitaria que nenhum parlamentar fechasse apoio a Charlles de Tiringa, porque seu compromisso era fazer Monteiro vencedor e majoritário em Serra Talhada. Quem não aceitasse, teriam ‘benesses’ cortadas e cargos exonerados.

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O CHORO VEIO EM SEGUIDA

O FAROL conversou com um vereador que participou da reunião. O debate começou por volta das 06h30 e se estendeu até próximo às 11 horas da manhã.

“Ela foi dura, muito dura. Três vereadores choraram na frente de todos. Choraram, as lágrimas caíram, porque todos já fizeram acordo com Charlles. Eu estava lá… eu vi. Márcia pegou o caderno e o lápis, e disse que queria saber quem estava com ela e Monteiro. Quem não estivesse, teria os cargos exonerados. Foi então que veio o choro”, disse o parlamentar.

Foto: Reprodução/Instagram

DEMISSÕES E AUSÊNCIAS

Faltaram a reunião os vereadores Antonio Rodrigues, Clênio de Agenor e Jaime Inácio. Esse, fechou com Charlles, e teve o neto exonerado de uma secretaria, além de outros cargos.

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O curioso era que Inácio, que disse que o vereador não poderia viver ‘sem governo’, já tinha conquistado duas secretárias executivas, além de outras vantagens, mas está feliz ao lado de Charlles.

Agora perdeu tudo, montou um discurso de vítima, e retornou aos braços do primo, Sebastião Oliveira, mas não vai apoiar Waldemar.

Na reunião, alguns vereadores insistiram em manter o apoio a Charlles, mas não foi aceito, onde a prefeita ameaçou exonerar os cargos. Inclusive, alguns filhos de vereadores, que estão ‘felizes’ na prefeitura. Simples assim: Ou é ou não é!

Algumas ‘cabeças’ já rolaram, além de Jaime Inácio, entre elas, do advogado Caio Antunes e esposa, lotados na procuradoria jurídica. Antunes, filho do presidente da STTRans, Célio Antunes, é o coordenador da pré-campanha do influenciador digital.

Outro que sentiu a ‘pancada’ foi o vereador Gin Oliveira, envolvido ‘até o pescoço’ com o pré-candidato adversário. A ele foi dado um ultimato.

Márcia, que tem um estilo próprio, não mandou recado. Afinal, quem tem a caneta na mão não envia sinais, baixa o tacape. É assim que funciona.