Omeprazol: entenda por que o medicamento está sendo cortado das receitas - Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Com informações da Agência Voz

Pessoas que fazem uso prolongado de Omeprazol, medicamento amplamente utilizado no tratamento de problemas gastrointestinais no Brasil, devem ficar atentos a possíveis efeitos adversos. Estudos recentes indicam que o remédio pode comprometer a absorção de nutrientes essenciais como ferro, magnésio, cálcio e vitamina B12, o que pode levar a quadros de anemia, fraqueza muscular, cãibras e complicações renais.

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Indicado para condições como esofagite e úlceras, o Omeprazol está disponível em duas versões: a forma magnésio, encontrada em farmácias como comprimido revestido ou cápsula de liberação prolongada, e a versão sódica, de aplicação intravenosa, restrita a hospitais. O fármaco integra a classe dos inibidores da bomba de prótons, que também inclui pantoprazol, esomeprazol e lansoprazol.

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Pesquisas apontam que o uso prolongado do Omeprazol não só reduz a absorção de nutrientes, como também favorece o surgimento de infecções intestinais. A redução da acidez estomacal cria um ambiente propício para a proliferação de bactérias causadoras de diarreia grave. Há ainda evidências que associam o medicamento ao desenvolvimento de doença renal crônica e ao aumento do risco de fraturas ósseas.

Apesar de não ter sido banido do mercado, o remédio agora é prescrito com maior cautela. Casos leves, como refluxo ocasional sem lesões no esôfago, podem ser tratados com alternativas mais brandas.

Especialistas reforçam que a decisão de interromper ou substituir o Omeprazol deve ser tomada em conjunto com um médico. A escolha deve considerar a relação custo-benefício para cada paciente, explicam os especialistas.

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O Conselho de Medicina ressalta que a medida não é uma campanha contra o medicamento, mas uma iniciativa para assegurar que seu uso seja feito com critério, evitando expor os pacientes a riscos desnecessários.