
Os dias não são mais os mesmos para um comerciante lotado na Praça Sérgio Magalhães, no centro de Serra Talhada. Após o acampamento montado por moradores em situação de rua, no meio da praça, a rotina do lojista mudou por completo. Antes, caminhava sem medo, mas agora o cenário é de preocupação.
Em conversa com o Farol, nessa terça-feira (14), ele pediu para não ser identificado, porque teme retaliações. Alguns moradores costumam invadir seu comércio em busca de dinheiro e comida, e não dialogam. Fazem ameaças e gritam no recinto colocando sob pressão quem estiver no local.
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“Cheguei em Serra Talhada há dois anos, tenho um comércio aqui, e há um impeditivo muito grande na vida de um comerciante aqui. Isso vem tirando a nossa segurança, nossa liberdade… toda hora temos moradores em situação de rua pedindo em um tom agressivo”, comentou o lojista, exemplificando:
“Uma certa vez, vinha passando com uma marmita, e fui abordado por um morador em situação de rua, me pediu dinheiro, como neguei, me pediu a marmita e me oferecei para comprar uma pra ele. Fui ameaçado, porque ele respondeu que queria a minha, e caso eu não desse, me daria uma facada. Nitidamente ele estava drogado. É uma situação bem complicada”.
Sem saber o que fazer, a única saída em que pensa, no momento, é fechar a loja. “Não sei mais o que fazer porque isso acontece quase todo dia. Ameaças, batidas na porta, grito no comércio, está insustentável”, cravou.
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