
Nesta terça-feira (14) uma leitora que mora Alto do Bom Jesus, em Serra Talhada, procurou a redação do Farol de Notícias para fazer um apelo em nome dos moradores do seu bairro e da Malhada à respeito de uma constante queima de lixo que estaria acontecendo todos os dias em frente à Escola Manoel Pereira Neto.
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A mulher, que preferiu não se identificar, contou em seu relato que a situação está insustentável, portas e janelas precisam passar boa parte do dia fechadas, pessoas não conseguem ficar sentadas em frente as suas residências, tudo isso devido ao forte cheiro de fumaça. Leia o depoimento dela na íntegra:
“Gostaria de fazer um apelo às autoridades da nossa cidade. Moramos nestes bairros há bastante tempo, e temos enfrentado uma situação muito difícil. Em frente à Escola Manoel Pereira Neto existe um terreno grande onde, quase todos os dias, as pessoas jogam lixo. O pior é que, no começo da manhã e no fim da tarde, esse lixo é queimado.
A fumaça é insuportável. Mesmo com portas e janelas fechadas, ela entra nas casas de diversas ruas, causando um cheiro forte e desconfortável. Fica impossível sentar na calçada, abrir uma janela ou simplesmente respirar com tranquilidade.
Temos aqui crianças, idosos e pessoas com problemas respiratórios, que estão sofrendo muito com essa situação. Ver nossos vizinhos tossindo, com os olhos ardendo e as casas cheirando a fumaça todos os dias é muito triste.
Já tentamos entrar em contato com o órgão responsável e fui informada de que seria preciso identificar quem faz isso. Mas isso é inviável, ninguém vai se expor ou ficar vigiando o tempo todo. O que precisamos é que algo seja feito para que essa queima de lixo pare de vez.
Não é apenas uma questão de incômodo, é uma questão de saúde e dignidade para todos que moram aqui. Peço, de coração, que as autoridades olhem por nós”.
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O OUTRO LADO
A reportagem do Farol de Notícias entrou em contato com Ercílio Ferrari, presidente da Agência Municipal de Meio Ambiente (AMMA). Ele explicou que atualmente alguns agentes estão atuando nas ruas da cidade realizando fiscalizações, mas que é necessária a colaboração da população para identificar os culpados. Leia abaixo:
“Nós contamos com alguns fiscais atuando nas ruas para monitoramento. No entanto, quando avistamos o fogo e chegamos ao local, geralmente a pessoa que iniciou a queimada já não está mais lá. Por isso, precisamos muito da colaboração da vizinhança para tentar identificar o causador, quem está provocando essas queimadas, para que possamos responsabilizá-lo pelo crime ambiental que está cometendo.
Contamos muito com a denúncia da população para que possam nos ajudar nesse sentido. Temos intensificado as diligências pela cidade, especialmente neste período de seca, para fiscalizar os incêndios. Outra ocorrência comum nesta época é a migração de abelhas, que também demanda nossa atenção.
Temos trabalhado intensamente nisso, mas estamos com dificuldades para identificar os responsáveis, pois as pessoas ateiam fogo e vão embora. Provavelmente, quem coloca fogo pode ser algum vizinho próximo ou alguém que apenas passa pelo local, e não conseguimos identificá-los. É por isso que precisamos dessa ajuda da população para essa identificação”.