Fotos: Divulgação
Fotos: Divulgação

O professor, escritor e colunista do Farol de NotíciasPaulo César Gomes, participou na última quarta-feira (22) de um debate promovido pelo professor Dr. Fábio durante a disciplina de Literatura Portuguesa, no 3º período do curso de Letras da UAST/UFRPE, em Serra Talhada.

Receba as manchetes do Farol primeiro no canal do WhatsApp (faça parte)

O tema do encontro foi “O Massacre da Pedra Bonita e o Sebastianismo no Brasil”, abordando um dos episódios mais marcantes da história sertaneja, ocorrido entre 1836 e 1838, quando o fanatismo religioso e as crenças sebastianistas culminaram em uma tragédia na região de Villa Bella, hoje pertencente ao município de São José do Belmonte.

Continua depois da publicidade

Durante a aula, Paulo César apresentou seu mais recente livro, “As Hecatombes: Massacres e Crimes Hediondos Cometidos no Sertão Nordestino”, obra que reúne relatos históricos e análises sobre episódios de violência coletiva ocorridos no interior nordestino ao longo dos séculos XIX e XX.

“O debate foi bastante rico, com diferentes abordagens sobre os fatos ocorridos na Pedra do Reino, em maio de 1838. Foram analisados o simbolismo da obra de Ariano Suassuna, os questionamentos sobre comemorações em um local que remete a uma tragédia e aspectos ligados à religiosidade do nordestino, como os fatos relacionados à Guerra de Canudos, com Antônio Conselheiro, e os Milagres de Juazeiro, tendo como foco Padre Cícero e a beata Maria de Araújo”, destacou Paulo César Gomes.

Os fatos de Serra Talhada e região no Instagram do Farol de Notícias (siga-nos)

Ao final do encontro, o escritor disponibilizou exemplares do livro para sorteio entre os alunos, incentivando o debate e a reflexão sobre as raízes culturais, religiosas e políticas do sertão.

Em suas redes sociais, o professor Dr. Fábio agradeceu a presença do convidado: “Muito obrigado ao professor e pesquisador Paulo César Gomes, do Instituto Histórico, Cultural e Geográfico de Serra Talhada (IHCGST). Brilhante fala sobre o massacre, a Hecatombe da Pedra do Reino e o Sebastianismo”.

O encontro proporcionou um rico diálogo entre literatura, história e identidade regional, reforçando a importância de revisitar a memória trágica do Nordeste para compreender as complexas dinâmicas sociais e simbólicas da região, e a formação da nossa identidade sertaneja.