
Com informações do Metrópoles
O Rio de Janeiro está passando por uma verdadeira guerra nesta terça-feira (28/10). Uma megaoperação das forças de segurança já soma 64 mortos durante confrontos com facções criminosas nos complexos do Alemão e da Penha, na zona norte da capital. A ação, considerada a mais letal já realizada no estado, mobilizou 2,5 mil agentes e deixou quatro policiais mortos (dois civis e dois militares).
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Entre as baixas policiais está Marcos Vinicius Cardoso Carvalho, 51, conhecido como “Máskara”, chefe da 53ª DP de Mesquita. Também morreram o investigador Rodrigo Velloso Cabral, 34, da 39ª DP da Pavuna, e os PMs Cleiton Serafim Gonçalves e Herbert, ambos do Batalhão de Operações Especiais (Bope).
Táticas de guerra
A polícia ainda confirmou que para retaliar a ação da megaoperação, traficantes do Comando Vermelho usaram drones para lanças bombas contra policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), a tropa de elite da Polícia Civil do RJ. Essa tipo de ataque se tornou comum em conflitos ao redor do mundo, especialmente na guerra entra Rússia e Ucrânia. Além das bombas, os criminosos usaram barricadas para conter o avanços dos policiais.
Crise
Durante coletiva no Centro Integrado de Comando e Controle, o governador Cláudio Castro (PL) criticou a falta de apoio do governo federal: “Tivemos três pedidos de blindados negados. Para emprestar o blindado, tinha que ter GLO, e o presidente é contra a GLO”.
“O estado está fazendo a sua parte, sim, mas, quando se fala em exceder — exceder, inclusive, as nossas competências —, já era para haver um trabalho de integração muito maior com as forças federais – o que, neste momento, não está acontecendo”, disse.
Líder preso
No decorrer da coletiva o secretário da Polícia Civil, delegado Felipe Curi confirmou a prisão de Thiago do Nascimento Mendes, o “Belão do Quintugo”, braço direito de Edgard Alves de Andrade (Doca), principal líder do Comando Vermelho na região. A operação “Contenção” cumpria 51 mandados de prisão contra traficantes que usavam o Complexo da Penha como base para expansão territorial.
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Segundo o Ministério Público, a localização estratégica da área facilitava o escoamento de drogas e armas para outras regiões, incluindo comunidades recentemente dominadas por milícias. A denúncia do Gaeco inclui 67 pessoas por associação ao tráfico e três por tortura. O saldo da operação inclui 81 prisões e a apreensão de 75 fuzis.