
Segundo uma pesquisa publicada pelo UOL, quase metade (46%) dos usuários que apostam online têm entre 19 e 29 anos, o que evidencia a popularidade desse tipo de entretenimento entre as camadas mais jovens. E esse é apenas um dos muitos dados que reforçam o crescimento do setor.
Além da faixa etária, fatores como a popularização dos meios de pagamento digitais e das transmissões ao vivo mantêm o tema em alta há semanas.
Para além do aumento específico entre o público jovem, a popularização dos sites de apostas se deve à maior acessibilidade dos jogos online a partir de dispositivos móveis conectados à internet. O que no passado ficava restrito aos ‘gamers’ hoje integra o cotidiano dos aplicativos mais populares. Saiba quando apostar e quando parar.
A combinação de 4G/5G, planos de dados acessíveis e lojas de aplicativos consolidadas criou um funil de entrada amplo para novos apostadores.
Por que os apps de apostas estão atraindo o público jovem?
1. É acessível para todas as faixas de renda
A primeira razão pela qual os apps de apostas lideram downloads é algo mencionado brevemente na introdução deste texto: a sua acessibilidade. Ao contrário da maioria dos games, os quais requerem um console ou computadores potentes, aplicativos de apostas funcionam em qualquer smartphone. Isso reduz barreiras de custo e hardware, permitindo que o primeiro contato ocorra em aparelhos de entrada, sem investimento elevado.
Isso é especialmente relevante para jovens com rendas mais baixas, considerando os altos valores dos celulares de ‘última geração’. É importante falar sobre o jogo responsável, considerando os gastos da renda, tema que abordaremos mais adiante, mas a explicação sobre essa atração faz bastante sentido.
2. Tem similaridades com outros hobbies
A segunda razão pela qual os apps de apostas atraem o público jovem do Brasil está relacionada a algo mencionado no item anterior: as similaridades desses espaços e jogos com outros hobbies, como os videogames.
Os aplicativos de apostas não só se assemelham aos outros tipos de jogos eletrônicos, como também permitem interagir de uma maneira distinta com a experiência de assistir futebol. Isso é especialmente relevante àqueles que torcem fervorosamente para um clube, o que contribui para a sua popularidade.
Em dias de rodada, a segunda tela (celular) vira extensão da transmissão, mantendo o usuário engajado antes, durante e depois das partidas.
3. Alto acesso a informações sobre responsabilidade na hora de jogar
Durante um dos tópicos anteriores, fizemos alusão ao jogo responsável, que, ao contrário do que se poderia imaginar em um primeiro momento, não é antagônico à atração dos jovens pelos apps de apostas.
Na realidade, o oposto faz sentido: quando há mais informações, somos mais responsáveis. No Brasil, materiais oficiais sobre responsabilidade e elegibilidade estão disponíveis em canais institucionais como a Secretaria de Prêmios e Apostas do Governo Federal e em regulamentos publicados pela CBF quando o assunto envolve calendário e eventos esportivos.
O conceito de jogo responsável é difundido tanto nos aplicativos e demais plataformas de apostas quanto em outros espaços que tratam de jogos dessa natureza. O mais importante é compreender que esse tipo de entretenimento é voltado a jovens adultos e é expressamente proibido para menores.
Boas práticas incluem verificação de idade (KYC), limites de depósito e ferramentas de autoexclusão oferecidas pelas plataformas licenciadas.
4. Não é algo exclusivo das populações mais jovens ou só de brasileiros
Na introdução, mencionamos que quase metade dos apostadores tem menos de 30 anos, mas você sabia que cerca de 36% da população brasileira já apostou online? Essa é uma informação que vem da Cointelegraph, a qual mostra também que esse percentual é ainda maior entre os mais novos.
Mesmo assim, a prática não se limita a um grupo: trata-se de um fenômeno adulto e plural, com diferentes perfis de consumo e motivações (entretenimento, socialização, curiosidade).
Tudo isso mostra que, embora o foco deste texto tenha sido nos aplicativos de apostas entre o público jovem, a atividade não é exclusiva das novas gerações nem dos brasileiros de renda mais baixa.
Em 2025, o avanço regulatório trouxe maior visibilidade ao tema, com ênfase em transparência e proteção ao consumidor.
Para o leitor que deseja checar informações por conta própria, as fontes oficiais e institucionais são as mais indicadas: a Secretaria de Prêmios e Apostas (Gov.br) para diretrizes de jogo responsável; a CBF para calendário e regulamentos do futebol nacional; e federações estaduais (como a FERJ) para dados locais de partidas e públicos.