Foto: SHVETS production/Pexels
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A sociedade está cada vez mais conectada. Da geração X (nascidos entre 1965 e 1980) à geração Alpha (a partir de 2010), muita coisa mudou. Saímos de um tempo em que Wi-Fi, smartphones, e-mails e redes sociais eram novidade, para uma realidade em que as pessoas já nascem com perfil nas redes.

Os jovens buscam modernidade e se adaptam rapidamente às transformações digitais. Empregos online, apostas esportivas, redes sociais e jogos virtuais fazem parte de um novo cotidiano, onde milhares de informações são absorvidas e processadas em questão de segundos.

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Onde as apostas digitais cruzam o cotidiano da juventude

Uma nova busca por entretenimento e ganhos esporádicos vem ganhando força, impulsionada pela promessa de recompensa rápida e pelo poder dos influenciadores digitais. Em diferentes contextos, jovens exploram oportunidades e experiências inéditas.

Um dos exemplos mais evidentes são as plataformas de apostas legalizadas que mais crescem entre os torcedores. Essas empresas se destacam por oferecer melhores percentuais de ganho, odds competitivas e forte presença digital, com patrocínios esportivos e parcerias consolidadas. Saiba quando apostar e quando parar.

Um fenômeno com raízes antigas

O jogo faz parte da cultura brasileira há mais de um século. É comum encontrar bancas do jogo do bicho, raspadinhas e loterias, práticas que sempre estiveram presentes no imaginário popular. Apesar de as apostas serem proibidas em grande parte do século passado, esse cenário começou a mudar nos últimos anos.

Debates sobre o tema ganharam espaço, e a importância dessa forma de lazer passou a ser reconhecida, seja por razões econômicas, seja pela necessidade de regulamentar e proteger o apostador.

O que mudou, no entanto, foi o acesso a esse tipo de prática. Enquanto antigamente era preciso ir à uma loteria, cassino, casa de apostas ou barraca de jogo do bicho, agora tudo pode ser feito em um clique. A tecnologia está em tudo, até mesmo nisto. Agora, o tabuleiro das apostas é global e o acesso instantâneo.

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A economia das apostas: bilhões em movimento

O setor das apostas movimenta bilhões de reais anualmente e já é pauta no governo e nas redes sociais. De acordo com informações divulgadas pelo próprio Gov.br, só no primeiro semestre de 2025, a média de dinheiro gasto por apostador mensalmente foi de R$164. Enquanto isso, as empresas de apostas faturaram cerca de R$17,4 bilhões no período.

A Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda informou que mais de R$ 2 bilhões já foram destinados a áreas sociais, conforme prevê a lei. A maioria do valor foi aplicada em esporte e turismo, enquanto o restante foi distribuído entre segurança pública, seguridade social, educação e saúde. Além disso, o Governo Federal arrecadou R$ 2 bilhões com autorizações de funcionamento e mais R$ 50 milhões em taxas de fiscalização.

A legalização e regulamentação buscam equilibrar arrecadação e proteção ao jogador, garantindo que o mercado cresça de forma sustentável. O Estado, por sua vez, atua para manter o equilíbrio entre quem joga, quem oferece o serviço e quem se beneficia dos recursos gerados.

Um retrato da juventude brasileira na era digital

Adultos entre 18 e 40 anos representam a maior parcela de apostadores no Brasil. Embora o grupo entre 30 e 40 anos concentre o maior volume financeiro, os jovens de 20 a 30 anos demonstram o maior engajamento diário. O contexto histórico e social explica esse comportamento. Essa faixa etária cresceu imersa na tecnologia e tem maior familiaridade com ferramentas digitais e aplicativos interativos.

Na pós-pandemia da COVID-19, a presença digital se intensificou. As pessoas passaram a preferir resolver tudo online: pagam com PIX, compram pelo TikTok, acompanham seus ídolos no Instagram, assistem partidas no YouTube, usam 5G para se conectar, apostam em cassinos online e até trabalham remotamente.

Tudo está a um clique de distância, e essa integração entre tecnologia, conveniência e lazer reflete o novo comportamento do brasileiro contemporâneo.