Bolsa Família 2026 pode ter aumento no valor do benefício - Foto: Lyon Santos/ MDS
Foto: Lyon Santos/ MDS

O Bolsa Família pode passar por ajustes em 2026, segundo o orçamento encaminhado pelo Governo Federal ao Congresso Nacional. O documento prevê R$ 158,6 bilhões destinados ao programa social, uma quantia que abre espaço para um possível aumento no valor dos benefícios, caso o número de famílias atendidas continue em queda.

De acordo com os dados mais recentes, 18,9 milhões de famílias foram beneficiadas em outubro de 2025. Mantido esse número, o custo anual do programa seria de R$ 154,6 bilhões, o que deixaria uma sobra de R$ 4 bilhões no orçamento. Essa diferença poderia permitir um reajuste médio de R$ 17,59 por mês, elevando o valor médio pago de R$ 683,42 para R$ 701,01 a partir de janeiro.

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Redução de beneficiários

Desde o início de 2023, o governo já retirou cerca de 2,7 milhões de pessoas do programa, após revisões no Cadastro Único (CadÚnico). O processo de atualização, segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, tem como objetivo garantir que apenas famílias que realmente se enquadrem nos critérios de renda continuem recebendo o auxílio.

Com menos beneficiários ativos, os recursos disponíveis aumentam, o que pode gerar reajustes ainda mais expressivos. Caso mais 2 milhões de famílias deixem o programa até o fim de 2025, o valor médio do benefício poderia subir até R$ 100,23, o que representaria um acréscimo considerável para quem permanece na folha de pagamentos.

Valores e adicionais

O valor base do Bolsa Família continua sendo de R$ 600 por família, mas o benefício médio ultrapassa esse patamar por causa dos adicionais. Atualmente, são pagos R$ 150 por criança de até seis anos e R$ 50 para gestantes e adolescentes entre 7 e 18 anos. Esses complementos garantem que o valor final recebido por muitas famílias ultrapasse os R$ 700 mensais.

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Mesmo com a possibilidade de aumento, o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, afirmou recentemente que não há necessidade imediata de reajuste, já que a inflação se mantém controlada. Ainda assim, o próprio ministério não descarta um aumento em 2026, apenas destacou que ele não ocorreria automaticamente, mesmo com a sobra de recursos.