
Com informações do fdr
O ano de 2026 chega com uma série de ajustes que atingem diretamente aposentados, pensionistas e segurados que planejam solicitar algum benefício do INSS. As mudanças envolvem desde o cálculo de aposentadorias até a ampliação dos serviços digitais, passando por impactos provocados pelo novo salário mínimo e pelo avanço das regras da transição previdenciária.
Uma das alterações mais relevantes é o avanço das regras de transição criadas pela Reforma da Previdência de 2019, que continuam endurecendo ano após ano. A partir de 2026, a idade mínima para mulheres na aposentadoria por idade urbana sobe para 62 anos e 6 meses, enquanto os homens seguem com a exigência de 65 anos. A carência permanece em 15 anos de contribuição.
Receba as manchetes do Farol primeiro no canal do WhatsApp (faça parte)
Outra regra que sofre novo ajuste é a de ponto, a soma entre idade e tempo de contribuição. Em 2026, o mínimo será de 93 pontos para mulheres e 103 para homens.
Apesar de o tempo mínimo de contribuição se manter em 30 anos (mulheres) e 35 anos (homens), o cálculo do benefício continua seguindo a fórmula mais rígida: 60% da média salarial mais 2% por ano extra após 15 anos de contribuição para mulheres e 20 anos para homens. Na prática, para alcançar 100% da média, a exigência será de 35 anos de contribuição para mulheres e 40 para homens.
Reajustes dos benefícios
Os benefícios acima do piso nacional terão reajuste baseado no INPC acumulado de 2025, estimado em 4,66%, segundo a proposta orçamentária mais recente. Assim, aposentadorias superiores ao salário mínimo receberão aumento proporcional à inflação oficial.
Já o salário mínimo previsto para 2026, estimado em R$ 1.631, altera automaticamente o valor de diversas prestações, como aposentadorias mínimas, pensões, BPC/Loas, auxílio-doença e salário-maternidade no piso.
Calendário mantido
O cronograma de pagamentos deve repetir o formato tradicional: primeiro, segurados que recebem um salário mínimo; depois, quem recebe acima do piso; sempre conforme o número final do benefício, de 1 a 0. A expectativa é de que, assim como em 2025, o calendário comece nos últimos dias de janeiro.
Em situações de calamidade pública, o INSS deve manter a política de liberar pagamentos antecipados em uma única data para municípios afetados, medida já adotada em regiões impactadas por eventos climáticos no Sul do país.
Os fatos de Serra Talhada e região no Instagram do Farol de Notícias (siga-nos)
Ações contra descontos indevidos
Após o escândalo envolvendo associações que realizaram descontos irregulares em benefícios, o governo continuará com ações de bloqueio, reembolso e busca ativa. O foco permanece em quilombolas, ribeirinhos e idosos acima de 80 anos. O prazo para ressarcimento segue aberto até 14 de fevereiro de 2026.
O próximo ano também deve ampliar a digitalização no Meu INSS, com mais serviços automatizados, integração com o Gov.br e maior oferta de atendimentos sem a necessidade de ida presencial a uma agência.