Foto: Reprodução/TV Farol
Foto: Reprodução/TV Farol

Ainda repercutem os números da pesquisa realizada pelo Instituto Múltipla, em parceria com o Farol. O assunto agitou as rodas de conversa neste final de semana, em especial, a queda de popularidade da prefeita Márcia Conrado.

Segundo o Múltipla, Márcia é aprovada por 51% da população e desaprovada por 38%, 1% não opinou. No comparativo de pesquisas, em abril deste ano a gestão aparecia com 62%, em julho 61% e agora 51%, representando uma variação negativa de 11% na popularidade.

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No último sábado (15), Ronald Fallabela, coordenador da pesquisa e diretor do Múltipla, que existe há 19 anos, fez uma análise da queda de popularidade da prefeita petista, e ainda deu sugestões. O debate ocorreu no Programa do Farol.

“A gente não mora em Serra Talhada, embora vá muito à cidade, mas não conhece detalhadamente as questões da administração, os problemas do município. A gente sabe que é uma cidade que teve um desenvolvimento muito grande e, obviamente, isso gera muitos problemas de serviços urbanos para o poder público acompanhar”, disse Fallabela, reforçando:

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“O que a gente vem detectando, fundamentalmente, nas últimas três pesquisas feitas em parceria com o Farol, é a questão da saúde. Realmente, em todas as pesquisas que fazemos aí, quando perguntamos qual é o principal destaque negativo da gestão, a saúde aparece disparada em primeiro lugar. Disparada. Eu acho que, nessa área, tem sido o ponto fundamental para essa queda na avaliação da gestão da prefeita”.

PRÉ-CAMPANHA DE BRENO

Ainda durante a entrevista, o coordenador do Múltipla, que é estatístico, foi provocado a comentar a dedicação de Márcia Conrado e o esforço para fazer do seu marido, Breno Araújo, deputado estadual.

“É claro. Porque, veja, é natural e legítimo que a prefeita queira eleger seu esposo como deputado estadual, isso faz parte da política. Mas eu vi um de vocês comentar que na realidade, quem tem que estar atrás dos votos é o próprio Breno, não a prefeita. A prefeita tem hoje uma cidade de 100 mil habitantes para cuidar, e não é fácil. Não é fácil gerir uma cidade desse porte. A gente sabe das dificuldades, dos problemas estruturais. Então, também me chamou atenção aquela foto em São José do Egito com três vereadores, onde o Breno não estava, mas ela estava”, explicou.

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Na opinião de Falabella, a população começa a sentir a ausência da prefeita no cotidiano da cidade.

“Então, eu acho que ela precisa realmente se dedicar ao município. Não é um município fácil de gerir, porque hoje tem uma área urbana muito grande, em torno de 75 mil habitantes, e ao mesmo tempo, é um município com muitos distritos. Tudo isso dificulta. Mas, ora, a primeira gestão de Márcia foi muito bem avaliada, e ela ganhou a eleição com relativa facilidade. A questão agora é se aprofundar na gestão, porque ela pode recuperar. Ela ainda não chegou nem ao primeiro ano do mandato, ela pode se recuperar”. E alertou:

“Mas, realmente, a minha impressão, de longe, é que falta dedicação, falta coesão dos secretários. Alguém aí comentou também que nunca mais se viu uma reunião de gestão, e isso é muito importante. Muito importante. Porque, veja, eu sou economista, e a economia tem uma regra básica: as necessidades são ilimitadas, os recursos são limitados. Então, é preciso saber gerir bem os recursos para que você atinja seu objetivo político e, fundamentalmente, o objetivo maior, que é melhorar a vida das pessoas”.

Veja o trecho da análise de Ronald no vídeo abaixo