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Foto: Assis Lima | Ascom TJPE

Mesmo após julgamento, o sentimento de impunidade tomou conta dos familiares da serra-talhadense Maria José da Silva Teixeira, vítima de homicídio aos 39 anos em Serra Talhada. O Farol de Notícias acompanhou nesta terça-feira (18) o júri popular que condenou a 8 anos de reclusão ao réu Thiago Henrique de Sousa Gomes, que agrediu com tijoladas a vítima no dia 27 de maio de 2024, após internação, Maria José faleceu no dia 03 de junho. Ela era dona de casa e mãe de cinco filhos.

Após a publicação com o resultado do julgamento, a irmã da serra-talhadense entrou em contato com a redação do Farol contando uma versão totalmente contrária da apresentada pela defesa do réu e promotoria que atuou no caso. Segundo M. A. S., o réu Thiago e a Maria José se conheciam, pois moravam na mesma rua. No entanto, nunca tiveram nenhum envolvimento romântico, e nem filhos juntos. A irmã também alega que o condenado não prestou socorro a vítima, ele apenas foi visto por vizinhos saindo da cena do crime e fugiu.

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“Acabei de ver a matéria do júri em que o assassino da minha irmã foi condenado a 8 anos de prisão. Essa fala que diz que minha irmã teria dito que o filho não é dele, foi dita por ele? Isso é pura mentira, minha irmã nunca teve envolvimento amoroso com esse homem. Todos os filhos da minha irmã tem pai, todos já faleceram e nenhum é esse assassino covarde. De onde essa defesa tirou isso? Inadmissível. Ele a matou para roubar ela e por raiva dela já ter denunciado ele a polícia por ter roubado o celular dela em janeiro de 2024″, argumentou a familiar, complementando:

“Ele já havia agredido ela alguns meses antes de mata-la. Ele tacou uma pedra nela, enquanto ela estava na calçada de casa, porque ela falou para uma viatura que ele estava andando armado com um facão. Depois disso ele tacou essa pedra nela e correu. Eles se conheciam sim, moravam na mesma rua. Ele era acostumado a roubar o povo e era de conhecimento de todos. Não faço ideia de onde veio essa história que eles tinham relacionamento. Na hora lá, as pessoas falaram para o delegado: ‘ele pulou o muro dela para sair da casa’, e tinha gente passando na rua. Como ele foi visto, falou ‘Maria está lá dentro sangrando’. Ele não pediu ajuda”.

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Fotos: Licca Lima/Farol de Notícias

FAMÍLIA NÃO DEU DEPOIMENTO

A irmã ainda explicou que na época do crime não foi convocada para prestar depoimento a polícia, e nem a Promotoria a buscou. Afirmou que conversou rapidamente com o delegado do caso, e questionou que somente a versão do acusado foi ouvida.

“Ela só tem a mim, na época respondi a tudo que me perguntaram. Nunca falei com promotoria, falei somente com o delegado do caso e foi no dia que ele agrediu ela e estava no HEC. Precisava dos documentos, fui na casa dela buscar e a polícia estava lá, falei com o delegado. Nunca fui chamada para prestar nenhum depoimento. É um absurdo esse assassino pegar só 8 anos de prisão. Ele a matou com crueldade, minha irmã não tinha condições nenhuma de se defender”, enfatizou ela, finalizando:

“E outra, ele não voltou para pedir ajuda, ele foi flagrado por populares saindo da casa dela, daí ele falou: “Maria está machucada” e os vizinhos ligaram para o Samu. Depois ele fugiu. A Promotoria não chamou ninguém para depor, só ouviram a versão dele. E ele com certeza foi instruído a falar dessa forma. Eu como irmã dela nunca fui chamada. Só fui chamada uma vez, por outro delegado, mas foi para falar sobre o roubo, ele tinha roubado o celular dela, porque ele tem essa mania”.

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