
O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) voltou a público para esclarecer informações falsas que circularam recentemente nas redes sociais. Vídeos e postagens afirmavam que o governo federal teria “cortado o 13º do Bolsa Família”, o que levou a pasta a emitir uma nota oficial desmentindo o conteúdo. Segundo o MDS, não existe previsão legal, orçamentária ou histórica de pagamento anual extra dentro das regras atuais do programa.
As especulações surgiram após a divulgação do calendário de outubro de 2025, quando os depósitos começaram no dia 20, seguindo a ordem do Número de Identificação Social (NIS). Desde sua reformulação em 2023, o Bolsa Família mantém repasse mínimo de R$ 600 por família e jamais incorporou o 13º como política permanente. O único pagamento adicional semelhante ocorreu em 2019, em caráter excepcional, sem continuidade nos anos seguintes.
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Apesar do desmentido, as dúvidas dos beneficiários persistem, especialmente em meio à fila de espera que ultrapassa 750 mil famílias. Dados oficiais mostram que, em setembro, grande parte desse público já estava pré-habilitada no Cadastro Único, mas dependia de disponibilidade orçamentária para entrada no programa. O Bolsa Família não é automático: além da renda por pessoa de até R$ 218 e do cadastro atualizado, a concessão só ocorre quando há recursos livres para novas inclusões. Revisões cadastrais periódicas também podem suspender quem não atende mais aos critérios.
O orçamento aprovado para 2025, de R$ 158,6 bilhões, ajuda a explicar o cenário atual. Desse total, mais de R$ 120 bilhões já haviam sido comprometidos até setembro, reduzindo a margem para novas liberações. Como o planejamento do programa acompanha indicadores econômicos, como a inflação, crescimento populacional e reajuste do salário mínimo, fixado em R$ 1.518 neste ano, o governo afirma que precisa administrar o fluxo de gastos para não ultrapassar os limites destinados às políticas sociais.
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As explicações do MDS buscam, portanto, combater a desinformação e esclarecer que o programa segue operando dentro de suas regras vigentes. Beneficiários e famílias em análise devem manter o CadÚnico atualizado para garantir o acesso ou a permanência no auxílio.