Gás do Povo começa a distribuir recargas gratuitas - Foto: Arquivo/Banco Central
Foto: Arquivo/Banco Central

O governo federal deu início à primeira fase do Programa Gás do Povo, iniciativa que passa a garantir recargas gratuitas do botijão de 13 kg para famílias de baixa renda. A política social inaugura um novo modelo de fornecimento de gás de cozinha, encerrando o antigo sistema de repasse em dinheiro e adotando a distribuição direta do benefício.

A proposta busca aperfeiçoar o uso dos recursos públicos, assegurar que o gás chegue de forma segura às residências e reforçar a segurança alimentar das famílias atendidas. De acordo com o governo, o formato de vale para retirada do botijão evita desvios, amplia o controle sobre a destinação do benefício e reduz o impacto do custo doméstico.

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Como funciona o novo programa

Pelo Gás do Povo, o beneficiário recebe um vale digital que pode ser acessado pelo aplicativo oficial, pelo cartão do Bolsa Família ou por código liberado com o CPF. A retirada do botijão deve ser feita diretamente em revendas autorizadas, já que o programa não inclui entrega em domicílio.

O número de recargas varia conforme o tamanho da família:

  • 2 a 3 integrantes: direito a até quatro botijões por ano, com intervalos de três meses;
  • 4 pessoas ou mais: até seis botijões anuais, com retirada a cada dois meses.

O valor de referência do gás é atualizado periodicamente, garantindo que o benefício acompanhe as oscilações do mercado.

Quem pode participar

Para ter direito ao gás gratuito, é necessário atender a requisitos específicos, entre eles:

  • Estar inscrito e regular no CadÚnico;
  • Ter renda per capita de até meio salário mínimo;
  • Manter os dados cadastrais atualizados nos últimos 24 meses;
  • Automaticamente, famílias do Bolsa Família recebem prioridade;
  • O CPF do responsável familiar deve estar regular para habilitar o vale.

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Onde o programa já está em operação

A etapa inicial contempla 1 milhão de famílias em dez capitais brasileiras: Salvador, Fortaleza, Goiânia, Belo Horizonte, Belém, Recife, Teresina, Natal, Porto Alegre e São Paulo. A meta é alcançar 15 milhões de famílias até março de 2026.

O antigo repasse em dinheiro frequentemente era utilizado para outras despesas, sem garantir a compra efetiva do gás de cozinha. Com a recarga direta e controlada, o governo afirma que o benefício passa a chegar de forma integral ao destino pretendido, reduzindo fraudes e promovendo o uso regular do gás — o que também diminui a dependência de lenha e combustíveis improvisados, considerados mais inseguros e prejudiciais à saúde.