
O Bolsa Família atravessa uma fase de ajustes importantes, marcada pela atualização da Regra de Proteção. Essa mudança, que integra o novo processo de reorganização do programa, pode reduzir o valor recebido por parte dos beneficiários para algo em torno de R$ 300. A orientação do governo é que os inscritos redobrem a atenção às informações declaradas.
Por que o pagamento pode cair para R$ 300
A redução ocorre porque uma portaria recente do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS) estabeleceu que famílias enquadradas na Regra de Proteção passarão a receber apenas 50% do benefício a que teriam direito. Considerando que o valor médio nacional varia entre R$ 600 e R$ 700, o repasse automaticamente cai para a faixa de R$ 300 a R$ 350.
Apesar da preocupação inicial, a medida não tem caráter punitivo. Ao contrário, funciona como uma etapa de transição para quem começou a elevar a renda, seja por um novo emprego formal, aumento salarial ou qualquer outra mudança positiva no orçamento. Dessa forma, o governo busca evitar que famílias que acabaram de sair da situação de pobreza retornem rapidamente à vulnerabilidade.
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Quem pode receber apenas R$ 300
A nova regra atinge, principalmente, três grupos:
- Famílias com aumento recente de renda: Quando a renda per capita ultrapassa o limite de entrada do programa (R$ 218), mas permanece abaixo de R$ 706, o sistema automaticamente coloca o núcleo familiar na Regra de Proteção, reduzindo o valor pela metade.
- Trabalhadores formalizados: Beneficiários que tiveram carteira assinada nos últimos meses tendem a registrar aumento na renda. Nesse caso, o cálculo do benefício é ajustado, e o valor recebido diminui.
- Famílias com renda variável: Núcleos que dependem de comissões, rendimentos sazonais ou extras também podem sofrer oscilação na renda. Sempre que o valor informado sobe, o sistema recalcula o benefício.
Prazos atualizados da Regra de Proteção
A portaria trouxe mudanças também nos períodos de permanência na regra:
- Até 12 meses para quem elevou a renda devido ao trabalho;
- Até 2 meses quando o aumento resulta de aposentadoria, pensão ou BPC;
- Famílias incluídas na regra antes de junho de 2025 mantêm o prazo de até 24 meses.
Esses intervalos permitem uma saída gradual do programa, sem desamparar quem ainda precisa de adaptação financeira.
A redução é permanente?
A resposta é não. Caso a renda volte a cair dentro dos critérios de elegibilidade, o próprio sistema reenquadra automaticamente a família e restabelece o valor integral do Bolsa Família.
Além disso, permanece em vigor o mecanismo do Retorno Garantido, que assegura o reingresso no programa em até 36 meses caso o núcleo familiar volte à condição de pobreza.
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Como evitar o bloqueio ou a perda do benefício
Para manter o recebimento, o governo orienta:
- Atualizar o CadÚnico sempre que houver mudança no núcleo familiar;
- Registrar qualquer alteração de renda em até 30 dias;
- Acompanhar mensagens e avisos no Caixa Tem;
- Cumprir todas as condicionalidades exigidas pelo programa.
2 comentários em Bolsa Família: mudança pode fazer alguns beneficiários receberem apenas R$ 300