
Com informações do Metrópoles
As equipes de resgate de Hong Kong concluíram, nesta quarta-feira (3/12), a varredura interna dos sete arranha-céus devastados pelo incêndio mais mortal da história da cidade. Após o encerramento dessa fase, a polícia atualizou o número de mortos para 159, enquanto 31 pessoas seguem desaparecidas.
A etapa finalizada hoje envolveu justamente os dois edifícios mais comprometidos pelo fogo, cuja inspeção, segundo o governo, poderia se estender por semanas. Durante a operação, bombeiros localizaram corpos de moradores do complexo residencial Wang Fuk Court tanto nas escadas quanto nas proximidades do telhado.
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Com a conclusão da busca interna, a prioridade das equipes passa a ser a retirada de cadáveres soterrados sob os escombros. De acordo com as autoridades, muitas vítimas foram encontradas carbonizadas, e outras tiveram os corpos completamente reduzidos a cinzas. “Queremos muito, se ainda houver corpos no local, que possamos recuperá-los o mais rápido possível para que a família sobrevivente possa se despedir pela última vez”, afirmou o comissário de polícia Chow Yat-ming em coletiva nesta quarta-feira.
O incêndio, que consumiu o Wang Fuk Court e levou mais de 48 horas para ser controlado, fez vítimas de idades entre 1 e 97 anos, conforme a polícia. Dos 140 corpos identificados até agora, 91 são mulheres e 49, homens. As investigações preliminares apontam que as chamas se propagaram rapidamente por andaimes de bambu e redes de náilon instalados na estrutura, além de possíveis materiais combustíveis usados no isolamento externo das fachadas reformadas recentemente.
Durante a mesma coletiva, o governo confirmou a prisão de mais três suspeitos com ligação ao caso, elevando para 18 o total de detidos. Paralelamente, o chefe do Executivo de Hong Kong, John Lee, anunciou a criação de um comitê independente, presidido por um juiz, para apurar as causas do incêndio e analisar as reformas realizadas no conjunto habitacional, apontadas como um dos fatores que contribuíram para a expansão das chamas.
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Em meio ao avanço da investigação, o Departamento do Trabalho divulgou que os moradores haviam sido informados pela prefeitura, ainda em 2024, de que o risco de incêndio no local era baixo. A notificação foi emitida após queixas relacionadas justamente ao potencial perigo gerado pelas obras no Wang Fuk Court.