‘Breno é o pré-candidato, vá atrás de voto e deixe Márcia gerir a cidade’

Se a prefeita Márcia Conrado continuar concentrando-se na pré-campanha do esposo, Breno Araújo, mesmo que de forma disfarçada, em detrimento da gestão da Prefeitura de Serra Talhada, qual será a consequência disso a longo prazo? Os comentaristas políticos do Farol, Paulo César Gomes e Cornélio Pedro da Costa, analisam o resultado provável dessa postura política com base nos resultados da última pesquisa do Instituto Múltipla [relembre os números].

“A prefeita está envolvida até a última gota de sangue na pré-campanha do marido e está deixando a gestão desamparada porque ninguém tem autoridade para fazer nada. Secretário nenhum fala, secretário não toma nenhuma decisão, secretário não apresenta projeto, você convida um secretário (para vir ao Farol) e ouve não, então, isso é o reflexo de uma crise administrativa e política da gestão”, analisou Paulo César Gomes.

“Márcia foi eleita com 28 mil votos e não se justifica estar no limite ali de que se a eleição fosse hoje ela ganharia por uma minoria de votos, não seria uma eleição com uma certa disparada de votos. Se ela não mudar, parar e dizer, eu fui reeleita para administrar Serra Talhada, cuidar da minha cidade. Breno, corre e vai atrás de voto, tu é o que pré-candidato. Agora se deixar nessa situação, ela vai fechar dezembro com 49% ou 48% de aprovação”, avaliou PC.

SOBRE REFAZER UM CAMINHO

“Eu tenho certeza que Márcia irá cair ainda mais em popularidade em 2026 com ela se concentrando na campanha do marido, porque já houve uma queda vertiginosa em pouco tempo. Foi mais de 10% em 4 meses. E essa é uma estratégia totalmente equivocada, primeiro em relação a ela como prefeita, como o próprio candidato dela, porque aí vemos o reflexo dele (Breno) como um cara que não consegue aparecer em números”, avaliou Cornélio Pedro da Costa, concluindo:

“Se ela estivesse com um governo positivo, independente dela estar dizendo que Breno é o candidato dela, ou Sebastião, eles estariam lá na frente, acompanhando esse reflexo da gestão. E aí a pesquisa Múltipla mostra que Márcia vem numa queda e essa queda só tende a aumentar, porque mostra ineficiência, incapacidade e limitada a uma coisa muito centralizada e a locais onde só tem gente para bater palmas, porque onde há locais de pessoas que possam fazer uma crítica, cobrar, ela não está indo, não está indo para o enfrentamento do contraditório. Existe, querendo ou não, uma blindagem em torno dela e do próprio marido e isso reflete (na população). Ela vai ter que refazer este caminho”.

Assista à analise no vídeo abaixo