
Por Giovanni Sá, Editor-geral do Farol
A Câmara Municipal de Serra Talhada (CMST) chega à reta final do ano com poucos avanços, algumas conquistas, mas quase nada de debate propositivo, buscando soluções para os graves problemas sociais do município. O ano foi marcado, principalmente, por aprovações de todas as matérias do Poder Executivo, além de uma penca de moções de aplausos e pesar.
Entretanto, o que mais se viu e ouviu em 2025, no plenário da câmara, foi o ‘diálogo das agressões’. Provocações entre vereadores, desafios inúteis e até ameaças. Incrível, por exemplo, o surgimento da Comissão de Ética como ameaça para que um vereador ‘se comporte’. Aliás, este artifício só foi utilizado contra vereadores da oposição, que fizeram críticas à gestão Márcia Conrado, o que deixa o cenário ainda mais pesado.
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O que surgiu como esperança, nas eleições passada, se transformou em fiasco.
A qualidade do trabalho da safra de vereadores novatos é uma vergonha. Parlamentares que entraram como surpresa e até esperança de melhora do parlamento, se transformaram em ‘correia de transmissão’ das vontades do governo. Estamos, sim; com uma câmara subserviente ao extremo. Isso é um fato.
Chegando 2026, não tenho esperanças que a qualidade dos debates melhore, ou que a Casa Joaquim de Souza Melo se torne propositiva, escute os anseios do povo, e despartidarize o debate. Isso não irá acontecer, porque estamos em ano eleitoral. O nível deve cair ainda mais, num jogo de verdades e mentiras, cada um fazendo a defesa dos seus interesses pessoais. Gostaria de estar errado neste ponto.
Bom final de semana a todos!
9 comentários em Câmara de ST chega ao final do ano distante do debate propositivo