Quando o ódio fala mais alto, a sociedade perde o rumo de futuro

Por Giovanni Sá- Editor-geral do Farol

Ainda repercurte, e muito, as declarações e atitudes do artista bolsonarista Zezé Di Camargo, um dos ícones da chamada ‘música sertaneja’. Toda safra deste gênero musical está atolada em dinheiro, com cifras milionárias de sucesso. Normal e legal, pois estão trabalhando e ganhando do suor dos seus rostos.

Mas na última semana Zezé foi além do trabalho, e criticou o canal de TV SBT, por convidar para uma solenidade de expansão da empresa, o presidente da República, Lula, o vice, Alckmim, o minsitro do STF, Alexandre Moraes, além do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas e o prefeito, Ricardo Nunes. Aliás, dupla ícone do bolsonarismo paulista.

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Não me espantou a reação de Camargo, apesar de achar inútil, e ele está colhendo os frutos da insensatez. Ele não gostou do canal ter convidado o ‘time da esquerda’. Este tipo de pensamento ideológico de ‘condenação’ imediata de um lado, e a ‘santificação’ do outro, ocorre entre ‘esquerdopatas’ e amantes do ‘direitismo medieval’.

O que me espantou foi a carga de ódio ainda presente na sociedade. No comentário que fiz, nas redes sociais, onde critico a postura do artista, não fiz ataques a pessoa dele, mas a postura ideológica. Estamos com mais de 170 comentários na postagem, onde os ataques a minha pessoa se multiplicam. Desde de ‘velho caduco’ e ‘Farol bosta de esquerda’,

Quando o ódio fala mais alto, perdemos o bom senso e noção de futuro. Isso é uma semente em crecimento do bolsonarismo elitista no Brasil. Que Deus tenha piedade de nós!

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