No ano passado, Serra Talhada abdicou de realizar o Carnaval por dois motivos: a calamidade provocada pela seca e a grave crise financeira que se encontrava a administração municipal. Agora o cenário é outro. O governo petista criou a Secretaria de Cultura e Turismo e turbinou a pasta com um orçamento de R$ 4 milhões para 2014.
Apesar da folga, o secretário de Cultura, Anildomá Souza (Domá), disse que o orçamento é peça de ficção e afirmou que os festejos de Momo ainda dependem de uma conversa com o prefeito Luciano Duque.
“Serra Talhada não tem tradição de carnaval e nem o formato de quartel general do Frevo e de festança. Não tem tradição e temos apenas 15 blocos e troças. Mesmo assim, esta semana vou conversar com o prefeito Luciano Duque para saber o que vamos fazer com o carnaval”, revelou o secretário, durante entrevista a uma emissora de rádio local.
Anildomá Souza parece que ficou “vacinado” com o escanteio que recebeu do prefeito no ano passado, quando estava com a grade de programação do Carnaval fechada, artistas e som contratados, e Luciano Duque jogou uma “pá de cal” cancelando tudo. Na época, a oposição tirou dividendos da falta de sintonia do governo.
Entretanto, o secretário de Cultura sempre foi um defensor do Carnaval. Na gestão de Augusto César, quando exerceu o cargo de diretor de Cultura, Souza não deixou passar um ano sem realizar a festa. E no centenário do frevo, na gestão do ex-prefeito Sebastião Oliveira (falecido) “Domá” foi uma dos mais duros críticos pelo fato do ex-prefeito ter cancelado o evento. Dos R$ 4 milhões disponíveis para a Cultura em 2014, pelo menos metade está destinado para festas de massa.
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