O valor pago pela Petrobras pelos primeiros 50% da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, pode ter sido maior do que vem sendo divulgado pela empresa. Documento encaminhado pela estatal à Securities Exchanges Comission (SEC), órgão regulador do mercado financeiro americano, divulgado na noite desta sexta-feira pelo “Jornal Nacional” aponta que a empresa pagou US$ 416 milhões em vez de US$ 360 milhões.
O relatório teria sido enviado à SEC, ainda de acordo com o “Jornal Nacional”, em 2007, um ano depois de a compra ter sido efetivada. A Petrobras alega que a companhia belga Astra pagou US$ 42 milhões por Pasadena e investiu na unidade mais US$ 84 milhões. A Petrobras então teria comprado metade da refinaria por US$ 190 milhões, e investido nela outros US$ 170 milhões.
Para justificar a compra, a presidente Dilma argumentou que a cláusulas Marlim e a que obrigava a estatal a comprar os 50% restantes (put option) em caso de divergências entre as empresas, não haviam sido mencionadas no resumo executivo preparado pela diretoria internacional da Petrobras, analisado na reunião de 3 de fevereiro de 2006, em que o negócio foi aprovado.
( O Globo )