Leito HOSPAM 1

(Colaborou Alana Costa – do Farol de Noticias)

Na manhã desta quarta-feira (16), o FAROL recebeu na redação a dona de casa Cláudia Oliveira, de 28 anos, moradora do bairro do Ipsep. Ela conta que levou a filha de 2 anos, com febre alta, ao Hospital Regional Professor Agamenon Magalhães (Hospam) no último domingo (13), onde revela ter passado uma “noite no inferno”. Isso, por conta do acúmulo de baratas nos leitos. “A noite lá foi um inferno! Nem um adulto deve ficar naquela situação, quem dirá uma criança doente!”, lamentou Cláudia Oliveira, indignada com a situação. Ela tirou fotos de celular no momento em que os insetos apareceram.

“Minha menina estava na enfermaria 3. Dei a mamadeira para a menina e depois coloquei a mamadeira sobre um gaveteiro que fica ao lado das camas. Fiz isso e surgiu um monte de baratas desse gaveteiro. Baratas num hospital! Passei a noite matando barata. Teve mãe que não aguentou e assinou termo de responsabilidade, tirando as crianças do internamento sem alta médica porque disseram que não ficariam num local assim. Cadê a higiene? É uma enfermaria, tem crianças doentes lá. Higiene é o mínimo que se pode ter!”, cobrou Cláudia Oliveira, indignada.

A dona de casa relembra que um dos médicos deu alta à menina quando a viu chorando. “Depois disso, fiz até uma promessa: se minha filha não estivesse com pneumonia e não precisasse ficar internada mais naquele lugar, eu doaria meu cabelo; graças à Deus ela não tinha pneumonia, então vim ao centro e doei o cabelo, assim que saí do salão, vim aqui no FAROL“, desabafou a mãe, finalizando:

“Tenho consciência de que muita gente necessita dos serviços do Hospam. O mínimo que o hospital tem que oferecer é higiene. Não tenho do que reclamar da atenção das 2 enfermeiras que estavam lá, foram muito atenciosas conosco. Mas, elas não poderiam dar conta de cada criança como deveria ser. Estou pensando naquelas mães que ficaram lá à noite comigo, matando baratas. Pensando também naquelas que foram embora, que assumiram riscos ao ir embora sem a alta profissional. Isso são coisas que só mães fazem. Uma enfermaria pediátrica cheia de baratas é inadmissível!”.

A reportagem do FAROL fez contato com a direção do Hospam e foi informado que a diretora Karla Milena se encontra de licença. A substituta, Drª Mauriciana se encontrava em Petrolina e não foi informado o telefone para contato.

A mãe Cláudia Oliveira flagrou o momento, por celular, em que as baratas saíram para passear na pediatria do Hospam

Barata HOSPAM 3

Barata HOSPAM 4

Barata HOSPAM 1Barata HOSPAM 2