Sinézio RodriguesCinco dias após o prefeito Luciano Duque (PT) ter enviado projeto de lei à Câmara de Vereadores, concedendo um reajuste de apenas 2% aos professores e servidores da educação de Serra Talhada, o vereador e presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintest), Sinézio Rodrigues, quer retomar o diálogo com o governo petista e até apresenta uma receita para que o governo possa chegar ao reajuste ideal para categoria que é de 10%. De acordo com o sindicalista, há muita gordura no governo que pode ser cortada em benefício dos servidores.

“Vamos retornar às negociações. Não é feio para ninguém. Nem para o governo nem para o sindicato. Mas sim uma lição que deixamos para as futuras gerações. Nós temos condições de enxugar a máquina. Não há porque ter rotatividade nas escolas, o funcionário tem que estar lá todo dia. Se não há necessidade, se corta. Vamos gastar esse dinheiro nos auxiliares de serviço gerais que são necessários para a limpeza e manutenção, nas merendeiras que fazem a comida daquelas crianças, e nos professores, que são responsáveis por levar o ensino e a cidadania”, disse Sinézio Rodrigues, durante encontro com os secretários de governo na Câmara Municipal.

Ainda de acordo com Rodrigues, o Sintest já deu lições de maturidade para evitar uma radicalização do movimento. Na próxima segunda-feira (19) está marcada uma assembleia extraordinária e há uma grande possibilidade de que seja decretada greve por tempo indeterminado.

“O Sintest deu sinal de 15% para 10%. A gestão saiu de 12% para 2%. Quem está precisando dar o passo inicial para o diálogo? Vamos fazer um mutirão pela Educação. Todos os secretários que já passaram pela pasta de Educação sabem que o sindicato tem como duas bandeiras o respeito e o compromisso. Vamos fazer um pacto, sentar com honestidade e transparência, sem medo, sem deixar ninguém persuadir ninguém”, finalizou Rodrigues.