Aluno é proibido de entrar na UFPE após ameaçar professores de morteDo JC Online

Um aluno da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) foi proibido de entrar na instituição de ensino após fazer ameaças de morte a dois professores. Discente do curso de Administração da UFPE, o jovem teria enviado mais de 40 e-mails aos professores exigindo a mudança de uma nota.

Suspenso das atividades acadêmicas desde o dia 24 de julho devido a conduta inapropriada, o estudante retornou à instituição nessa terça-feira (13), quando foi abordado por seguranças da UFPE.

Segundo a administração da universidade, o jovem foi levado para revista em uma sala reservada antes de ser acompanhado para a saída, não apresentando nenhuma queixa ou resistência aos agentes.

O JC teve acesso aos textos enviados entre os dias 24 e 30 de agosto, nos quais o aluno afirmava que utilizaria de facas para ferir os funcionários da universidade.

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Segundo um dos docentes, as ameaças do estudante já havia começado há, pelo menos, dois anos. Um processo disciplinar contra o aluno em questão também havia sido aberto no dia 3 de setembro de 2020.

Temente pela sua integridade, o professores enviou – no dia 29 de agosto – um e-mail para a Reitoria da universidade e Diretoria de Centro do CCSA, onde o curso de Administração é ministrado, para cobrar ações efetivas mediante as ameaças.

No texto, o professor pedia esclarecimento sobre as medidas tomadas diante da situação e reforçou que havia buscado auxílio particular de um advogado para tomar as medidas cabíveis na Justiça.

“Venho mais uma vez pedir apoio de todos, na tentativa de encontrar respostas imediatas para as ações que possam colaborar com a resolução deste caso gravíssimo de ameaças realizadas pelo estudante * do curso de administração da UFPE. As ameaças envolvem alunos, professores e gestores da UFPE e vem piorando a cada dia”, escreveu o professor.

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Procurada pelo JC, a administração da UFPE disse que acompanha a situação entre o aluno e os professores desde o início do processo em 2020. Segundo a instituição, “todos os procedimentos administrativos para solucionar essa situação foram tomados”.

A ouvidoria geral da UFPE teria encaminhado o processo disciplinar no dia 30 de maio e a suspensão foi aprovada no dia 24 de junho deste ano.

Assim, o estudante estaria suspenso das atividades acadêmicas e proibido de entrar no campus. O universitário teve o prazo de cerca de 50 dias para apresentar uma defesa, mas, de acordo com a instituição, o mesmo não compareceu nas duas das oportunidades.

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“A administração central ofereceu para o estudante e para sua família, através da Pro-Reitoria de Assistência Estudantil, suporte para assistência social e de saúde mental. Também se disponibilizou para mediar um contato com o Centro de Referência da Assistência Social (CRAS)”, informou a UFPE.

A instituição afirmou também que a procuradoria jurídica da UFPE aguarda que o estudante apresente uma perícia pisquiátrica para que as próximas decisões administrativa sejam tomadas. O discente tem até a primeira semana de outubro para entregar o documento.

“De todo modo, é fundamental para a atual administração da instituição identificar o quadro de saúde mental do estudante, porque a posição da UFPE é sempre a de prestar auxílio tanto ao corpo discente, quanto técnico e docente. E não penalizar uma pessoa que possa estar em situação delicada de fragilidade”, concluiu a UFPE em nota.