Alunos acusam 3 professores de suposto assédio sexual em STª Cruz
Foto: Reprodução

Nesta segunda-feira (19), estudantes da Escola de Referência em Ensino Médio Regina Pacis, em Santa Cruz da Baixa Verde, procuraram a reportagem do Farol de Notícias, para denunciar casos de um suposto assédio sexual cometido por docentes da referida instituição de ensino.

De acordo com informações de estudantes, os casos teriam acontecido por parte de uma professora e dois professores. Os discentes relatam já terem procurado a gestão escolar, que prometeu resolver a situação. Porém, até o momento, os casos continuam acontecendo.

CONFIRA O RELATO NA ÍNTEGRA

“Não sei se estão sabendo do “moído” que explodiu agora sobre a EREM Regina Pacis, mas existem muitas provas e depoimentos de situações deploráveis que, desde a antiga diretora, estavam sendo acobertados e minimizados.

Outros alunos então revoltados com a situação da mesma forma começaram a mandar relatos de outras coisas horrendas que acontecem na escola e que nunca foram resolvidas. Em especial, são 3 professores que tem se destacado: uma mulher e dois homens. Aqui não citarei nenhum nome, mas devido as características todos sabem quem é.

Um dos professores é acusado por assédio, mais de 15 meninas já foram assediadas por ele e sempre que tentavam contatar a gestão eram silenciadas sempre com a resposta de “vamos resolver”. A mãe de uma aluna até tentou ir na escola e reclamar esperando uma providência e a resposta que recebeu era de que “ele era um excelente profissional e sua conduta não condizia com os relatos”.

Sou aluna do EREM Regina Pacis há 3 anos, e eu também já fui vítima de assédio por parte desse professor. As situações mais constrangedoras foram: a primeira por conta da farda transparente é possível ver o sutiã das meninas, se ficar olhando fixamente dá para perceber o relevo da roupa. E foi justamente o que aconteceu em um momento de prova. Ele era o aplicador e percebi seus olhares e sua movimentação muito perto do lugar onde eu estava.

A segunda vez foram as falas dele em relação a minha vestimenta, e no dia ele ficou com comentários dizendo que eu tinha ido muito “elegante” e com roupas novas, além dos olhares nojentos dele.

Nesse dia fiquei mal pelo resto do dia e insegura. Sempre tinha ouvido outras meninas relatarem e chegava a questionar se era verdade mesmo, até que aconteceu comigo. E o pior foi saber que mesmo que tentasse falar algo não adiantaria, porque outras já tinham ido e recebido a mesma reposta: nada.

Tenho relatos de amigos meus que disseram ver ele até apontando o celular para ver a bunda das meninas, ele parando a aula para observar como as meninas andavam, chamando outras de “meu amor”, totalmente nojento.

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O segundo professor é conhecido por sempre falar palavras de baixo calão nas aulas e turmas. Inclusive, na minha deu o dedo para um aluno. Interrompe aulas para falar de suas expectativas sexuais como homossexual e expõe vídeos impróprios aos próprios alunos em sala de aula com as pessoas que se relacionou.

Já se relacionou romanticamente com ex-alunos e fica dando em cima de outros que ainda estudam, através de seu favoritismo e insinuações implícitas. Ele próprio já relatou que fica observando a ‘bagagem’ dos meninos da escola e fazia listas de quem seriam os candidatos a namorar com ele.

Não faz muito tempo também que ele se envolveu em um problema com uma aluna atípica da minha sala. Por ser autista, ela precisa de acompanhamento nas atividades, principalmente, as que envolvem cálculo (que tem de montes na matéria dele). Nesse dia ele não aceitou as atividades dela (detalhe tinha mais de 40 cálculos) e disse que não ia dar nota.

A gestão deu uns puxões de orelha, somente, mas ele mesmo já disse que não tem obrigação de ajudar alunos com necessidades especiais. E que da próxima vez jogasse tudo nas costas da professora de apoio (a professora não conseguiu ajudar, pois tem muitos alunos atípicos e ela estava se dividindo para ajudar outra menina).

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Aí vem a terceira pessoa, uma professora famosa por ter se relacionado com um aluno, nos primeiros anos de carreira, e ter casado com ele depois de formado. Com uma arrogância grande, não é de hoje que pessoas relatam ter saído da aula dela por coisa boba.

E mais uma vez o favoritismo, especialmente, por meninos que são atletas (meninos já relataram assédio por parte dela e insinuações fortes em cima deles. Alguns já até se formaram, mas muitos que ainda estudam falam disso).

Ela também é conhecida por dar respostas ríspidas sem nenhuma necessidade para alimentar sua “moral”. Há uns tempos ela se envolveu em um problema com uma aluna por inventar mentiras sobre a mesma estar colando, a mãe da menina veio na escola e nesse tempo deu até uma resolvida, mas ainda sim repercutiu bastante.

A escola EREM Regina Pacis é conhecida por ser uma escola com ótimas notas e de referência, mas por dentro só quem estuda lá sabe como é. Por debaixo dos panos coisas obscuras existem e a gestão sabe da maioria, se não todas.

Reconhecemos que a diretora nova tem se esforçado para tentar melhorar o ambiente escolar e é alguém que não deveria passar por isso. Entretanto, não temos mais como tolerar essa situação!

Enquanto denúncias estão sendo feitas, a escola está fingindo que nada tem acontecido, e repostando trabalhos e apresentações, normalmente.

Para mais informações visuais o Instagram @nao.vao.nos.calar foi criado, justamente, em prol dos alunos falarem dos seus relatos. Por favor, nos ajudem! Dando mais visibilidade cremos que providências mais rápidas podem ser tomadas. Grata se leu até aqui.”

OUTRO LADO

A reportagem do Farol de Notícias procurou a gestão escolar, que se pronunciou por meio de nota. No comunicado, a instituição afirma estar tomando as devidas providências e se coloca a disposição para quaisquer esclarecimentos. Confira:

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