Fotos: Licca Lima/Farol de Notícias
Fotos: Licca Lima/Farol de Notícias

Na última quinta-feira (21), teve início na APAE Serra Talhada, a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla. A programação que segue até esta quinta-feira (28), conta com palestras e uma série de atividades de caráter formativo para toda a população.

Durante o período da manhã, a associação também contou com a presença de integrantes da Guarda Civíl Municipal e do Sargento Danilo, da Polícia Militar, que falaram sobre a importância da formação que recebem e como atuam em casos em que necessitam realizar abordagens, em pessoas com deficiência.

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Nesta segunda-feira (25), a reportagem do Farol de Notícias esteve na APAE e conversou com a psicóloga Lucineide Soares. A profissional destacou a importância da inclusão de pessoas com deficiência na sociedade.

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“O objetivo é levar para todos a importância dessa semana. É uma semana que a gente tem que dar visibilidade às pessoas atípicas com deficiências globais e múltiplas. A questão da inclusão tem que estar em todos os lugares, então é aberto para todos. Quem tiver curiosidade, quem quiser se interessar pelo assunto, é uma forma de contribuir também nesse sentido”, pontuou a psicóloga, continuando:

“A deficiência aos olhos das pessoas ainda é algo muito distante da nossa realidade, coisa que a gente já sabe que não é. As pessoas atípicas estão em casa, na rua, na escola, no trabalho. Então, assim, a forma como você consegue enxergar essa pessoa é a forma de inclusão. Então, se eu não tenho conhecimento para tal, eu não vou saber incluir essa pessoa nos espaços”

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INCLUSÃO EM DIFERENTES ÂMBITOS

Para Lucineide, apesar dos avanços, ainda há muito ser conquistado, no que diz respeito a inclusão de pessoas com deficiência em ambientes de trabalho, escola e de um modo geral na sociedade. Para tanto, ela considera que este deve ser um esforço coletivo:

“Então, precisa ainda dessa visibilidade, de buscar nesse sentido, de incluir realmente. Porque o que a gente consegue compreender é que são números ainda. A pessoa com deficiência não exerce aquilo que realmente precisa exercer. A questão da inclusão nas escolas, as crianças não são incluídas da forma que tem que ser. Porque falta capacitação para os gestores, para os professores, para o cuidador, principalmente, que está lidando com aquela criança. Então, precisa ainda trabalhar bastante nesse sentido”.

“Essa inclusão, a inclusão que realmente precisa para todos. Porque a gente pensa que a inclusão é só para pessoas atípicas, e não é. A inclusão é para você, que é negro, que precisa do seu espaço, das suas conquistas. A inclusão é para qualquer pessoa que se sinta vulnerável em relação a algo. Então, a inclusão não é só para cadeirantes, atípicos, pessoas com deficiência. A inclusão é isso. A gente precisa ainda percorrer muito esse caminho”, finalizou.

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