
Na manhã desta terça-feira (25), foi a júri popular no Fórum de Serra Talhada o réu Aluízio Alves Pereira, acusado de participação no crime de homicídio que vitimou Edite Rosa da Silva Novaes.
De acordo com a denúncia, o crime ocorreu no dia 21 de abril de 2003, às 19h30, no bairro Mutirão, em Serra Talhada. A Promotoria de Justiça do Estado e a Defensoria Pública pediram pela absolvição do acusado, devido a inexistência de provas.
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O Promotor de Justiça em exercício, Dr. Maurício Carvalho, solicitou a absolvição do réu, com a alegação de que em nenhuma parte dos autos do processo há provas que confirmem que o réu teria cometido o crime.
A advogada de defesa, Dra. Priscila Cavalcante também pediu a absolvição do acusado pelo mesmo motivo. Ao final do julgamento, o corpo de jurados votou pela absolvição do acusado.
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“O Ministério Público nunca pode agir simplesmente porque o promotor de justiça acha que foi o réu que cometeu aquele crime. Assim como o contrário. Eu não posso aqui pedir uma absolvição, porque eu acho que ele é inocente se nos autos tudo aponta que ele é culpado. Do mesmo modo, por outro lado, eu não posso vir aqui pedir uma condenação se tudo que tem nos autos aponta para uma inocência. Ou melhor, não há nada nos autos que aponte para uma condenação. E esse é o caso de hoje”, argumentou o promotor, complementando:
“Por mais que haja intuição nesse promotor de justiça, eu não posso vir aqui pedir que o senhor Aluízio seja condenado perante os senhores e as senhoras. Nos autos temos diversas provas testemunhais, temos diversos termos de declaração prestados em sede de delegacia. E após a leitura de todos estes autos, página por página, conclui que não há provas de que o Aluízio estava presente neste homicídio. Então, se não há provas, eu venho pedir a absolvição perante os senhores e as senhoras, no dever de coerência. Eu não iria vir aqui pedir uma absolvição ou condenação sem ler página por página”.
2 comentários em Após 22 anos do crime, réu vai a júri e é absolvido nesta terça (25)