Após 3 anos, homem é condenado por tentar matar sogro em ST

Na manhã desta quinta-feira (29), aconteceu no Fórum de Serra Talhada, o júri popular de Lucimário Pereira de Lima, que foi condenado por tentativa de homicídio e violência doméstica contra a ex-companheira.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, o réu estava sendo acusado de tentativa de homicídio do seu sogro, Elenildo Claúdio de Lima e de ameaçar sua companheira Viviane da Silva Lima, em sua residência, no dia 27 de maio de 2022, por volta das 21h, no sitio Conceição, zona rural do município de Serra Talhada.

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RELATO DA VÍTIMA

Durante o interrogatório, Viviane contou que relacionou-se com Lucimário por aproximadamente 6 anos e que durante este período teve uma medida protetiva contra o réu devido ameaças. Diante disso, ela trabalhava na cidade durante o dia e para sentir-se mais segura, retornava à casa dos pais, na zona rural.

Na referida data, Lucimário foi até a casa dos pais de Viviane, após ter ingerido bebida alcoólica, portando uma faca e um canivete e ameaçou que mataria quem saisse da residência. Na tentativa de proteger sua filha, Elenildo disse que ela ficasse dentro de casa e saiu para tentar pedir que o genro fosse embora, porém, ele acabou resistindo.

Na tentativa de desarmá-lo, Elenildo foi ferido com 5 golpes e para defender a si mesmo e sua família, amarrou o réu com uma corda, enquanto esperava pela chegada da polícia no local.

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RELATO DA PROMOTORIA

“O Ministério Público intervém justamente para evitar que esta violência doméstica, que insiste em persistir na nossa região e eu digo a vocês que de 85 a 90% dos processos que há, é de violência doméstica. E sempre há a mulher no papel de vítima e segue nestes fatores, porque o cara não aceita o fim do relacionamento, ou porque começam a discutir questões de filho. É impressionante a quantidade de processos que vêm com esta característica de violência. E isto mostra o que a gente vive, por mais que haja determinadas leis que protegem a mulher, esta proteção não é suficiente”, analisou o promotor Dr. Renan Fernandes, complementando:

“No caso de hoje, o réu conviveu em um relacionamento de 6 anos com a vítima Viviane e ela fala em seu depoimento que no decorrer desta relação, eles tiveram diversos desentendimentos. Conta que foi ameaçada, agredida e chegou há um ponto em que ela não conseguiu mais continuar ou se manter no relacionamento. Por mais que não seja o objetivo central deste processo, ela conviveu com o réu por 6 anos, tiveram filhos e mesmo com os filhos, a violência continuava. Até quando ela disse que não aguentava mais e que iria se separar. Este ciclo de violência tem que acabar e pelas leis, a mulher utiliza estas medidas protetivas, quando se sente em uma das caracteristicas de violência, seja física, emocional, psicológica, patrimonial etc”.

Ao final do júri popular, mediante leitura de sentença, o réu que foi preso e posteriormente teve sua prisão convertida em domiciliar, durante audiência de custódia, foi condenado.