Após entrevista de Josenildo, Cleonice diz: 'ST está atrasada'Publicado às 18h30 desta segunda-feira (19)

A entrevista do diretor da Fundação Cultural de Serra Talhada, Josenildo André Barboza ao Farol, gerou repercussão e polêmica no meio cultural.

Após a publicação da matéria [leia aqui], recebemos nesta segunda-feira (19), uma nota enviada pela produtora cultural Cleonice Maria, da Fundação Cabras de Lampião, dizendo que Serra Talhada está atrasada nos trâmites para garantir a liberação da verba de cerca de R$ 750 mil da Lei Paulo Gustavo.

Confira abaixo e deixe seu comentário!

NOTA CLEONICE MARIA

Fundação Cultural Cabras de Lampião

Li a entrevista do Presidente da Fundação de Cultura de Serra Talhada Josenildo André sobre a Lei Paulo Gustavo (LPG) [Veja aqui]. Entendo que alguns esclarecimentos se façam necessário para o Movimento Cultural do nosso Município.

Eu faço parte do Conselho Estadual de Cultura e venho acompanhando todas as etapas desse processo. Inclusive tive a oportunidade de estar no dia do lançamento em Salvador, evento que teve a presença do Presidente Lula e da Ministra da Cultura Margareth Menezes.

A Lei Paulo Gustavo veio pra aquecer o Movimento Cultural do País por tantos danos causados a essa classe por conta da Pandemia.

Esse recurso era pra ter sido liberado o ano passado e não foi por bloqueio da gestão de Bolsonaro que como todos sabem sempre foi contra a cultura brasileira.

Estamos vivendo um novo tempo. O Presidente Lula está de volta com toda força, inclusive colocando a Cultura como uma das pautas prioritárias para o país.

Como esclarecimento, a gestão cultural de Serra Talhada precisa entender que para os recursos da Lei Paulo Gustavo chegarem ao município não precisa aguardar o fundo municipal de Cultura. Essa é uma parte que não tem obrigatoriedade.

O fundo não interfere em nada pra essa liberação. O que o MINC está solicitando dos Estados e Municípios é apenas o Plano de Trabalho, somente, quando a cidade colocar o Plano de Trabalho na plataforma estará apta a receber esse dinheiro.

Entendo que a prefeitura precisa facilitar as coisas pra que o Movimento Cultural tenha acesso a esse dinheiro. Foi uma luta muito grande pra gente chegar hoje a esse resultado.

O MINC tem insistido para os Estados e os Municípios agirem rápido, os artistas e os produtores carecem dessa agilidade. Serra Talhada está atrasada, infelizmente.

As escutas para os editais já era pra terem começado, até agora nada. O prazo pra colocar o Plano de Trabalho na Plataforma está encerrando, é só até o dia 11 de julho.

Quero aqui me colocar a disposição pra contribuir no que achem necessário. O que não podemos é vincular o Plano de Trabalho ao Fundo Municipal de Cultura.

Essa etapa da criação do Fundo vai ser posterior, quando for pra receber os recursos da Lei Aldir Blanc II, ai sim o município terá que ter não só o Fundo, mas o Conselho e o Plano Municipal vão ter que está em pleno funcionamento, é o que chamamos de CPF da Cultura. Mas a LPG não depende de nada disso.

LEIA A ENTREVISTA COM JOSENILDO ANDRÉ

Serra Talhada receberá quase R$ 800 mil da Lei Paulo Gustavo