Após repercussão no Farol, atleta admitiu que não mereceu pódio

Depois de toda a repercussão da matéria no Farol, sobre o resultado da 10ª Corrida da Fogueira, realizada ontem (domingo) em Serra Talhada, o estudantes de Letras da Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UAST), Bruno Aleixo, 30 anos, fez contato com a redação admitindo que não mereceu o pódio. Entretanto, ele manteve as críticas à empresa que coordenou a competição.

“Com ajuda dos fotógrafos obtivemos imagens que antecedem a linha de chegada e foi constatado que por milésimos de segundos o outro rapaz ficou na frente, os segundos foram iguais”, disse o competidor, arrematando:

“Estava tão concentrado visando o segundo lugar que estava correndo em minha frente que não percebi que havia alguém ao meu lado. Após a chegada, nossos corpos ficam em um estado de recuperação, a flor da pele, e quando há um ruído nas informações somos impulsionados a buscar respostas imediatas. Houve um problema na premiação feminina que demorou muito para ser resolvido, juntanto isso e a indicativa de outros atletas que afirmavam erro no resultado, nos gerou desconfiança e fomos de forma pacífica conversar com a empresa. Independente do resultado, nada justifica agressões verbais de quem está prestando serviços a atletas amadores ou não. A falta de respeito com as pessoas e a forma agressiva de argumentar são reflexos e sintomas de muitas empresas que prestam serviços nos rincões do país”, disse Bruno Aleixo.

DIFICULDADES

“Não é fácil ser atleta no Brasil, profissional ou amador, é uma vida difícil. A falta de incentivo para os jovens e motivação para os mais velhos cria uma sociedade sedentária. Com a grande explosão de corridas de rua acontecendo em todo o país e no mundo, muitas pessoas que estavam a anos sem praticar qualquer atividade física se sentiram abraçadas pelos diversos grupos de corrida que se tornaram um refúgio quase que familiar e encontraram na corrida um novo motivo para viver e vencer. Um ajudando e motivando o outro. A competitividade do bem”, disse Aleixo, reforçando:

“Uma nova forma de enxergar o mundo para quem estava estagnado na mesmice de mais um dia sem vigor. O lado negativo é que muitos estão fazendo desse esporte que está salvando vidas e levando a inclusão de pessoas que a muito tempo são excluídas da sociedade, um negócio. E pior, um péssimo negócio. Muitas empresas ou organizadores de corridas deixam de lado a ideia de que precisam tratar bem as pessoas e miram só no lucro, tratam pessoas como números. Motivo que leva muitas corridas de rua serem muito criticadas. Você que pensa em fazer uma corrida, tenha humildade e respeito pelos atletas pois são eles que fazem o evento acontecer”.

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