Familiares repudiam 'show da morte' e cobram IML para ST
Acidente fatal -Foto: Reprodução/Blog Alvinho Patriota

No último final de semana um acidente na BR-232, em Serra Talhada, chocou a comunidade serra-talhadense. O motociclista Neocivan de Jesus, de 49 anos, colidiu sua moto contra um caminhão, e morreu carbonizado no local, após o veículo ter incendiado. A vítima teve mais de 70% do corpo queimado.

O serra-talhadense foi sepultado na última terça-feira, por volta das 21 horas, no cemitério local. Porém, toda a família viveu o drama após a tragédia. Um dos desafios foi trazer o corpo do ente querido para Serra Talhada. Uma burocracia em função da ausência de um Instituto Médico Legal (IML) no município.

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“Não sei porque os que se dizem representantes políticos de  Serra Talhada não têm força para instalar um IML aqui. Tive que ir até Recife, enfrentando má vontade de alguns na liberação do corpo do meu irmão, que já estava em estado de decomposição. Não se admite mais a ausência de um IML aqui”, desabafou Nelcides de Jesus.

SHOW DA MORTE

Mas a família de Neocivan de Jesus, ainda em luto, alerta com relação a insensibilidade de algumas pessoas, que testemunharam o corpo em agonia, entre as chamas, e a única preocupação foi de fazer o registro em um aparelho celular.

“Ao invés de alguém chegar com um extintor, tirar o corpo do meu irmão perto da moto, preferiram ficar filmando a agonia, como se fosse um show da morte. Inadmissível isso. Se alguém tivesse agido com um extintor, tirado ele de perto, talvez estivesse vivo. Isso é desumano”, desabafou Neocides de Jesus.

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