Farol com fotos e informações da assessoria
Trilhando a passos largos o caminho para o sucesso, os músicos serra-talhadenses da bandavoou foram bem avaliados por um dos maiores produtores artísticos do Brasil, Carlos Rennó. Segundo o crítico, o álbum ‘Nó’ mistura ritmos, mas mantém coesão e unidade, para ele o disco é ‘excelente’.
Carlos Rennó é Letrista, produtor artístico e jornalista. Entre suas letras, destacam-se: “Escrito Nas Estrelas” (gravada por Tetê Espíndola) e“Todas Elas Juntas Num Só Ser” (gravada por Lenine), além de canções interpretadas por Chico Buarque, Gal Costa e Gilberto Gil. Também tem parcerias com João Bosco, Rita Lee e Tom Zé.
Com as energias renovadas a partir dessa avaliação positiva, a bandavoou volta ao palco do Teatro de Santa Isabel com show que marca o início de um novo ciclo. O grupo, que celebra cinco anos de formação e irá partilhar esse momento de transição com seu público no dia 24 de setembro, às 20h30, em um show repleto de poesia e emoções.
Os ingressos custam R$40 (inteira) e R$20 (meia) e já estão à venda na bilheteria do teatro e no site www.eventick.com.br. Informações: (081) 3355-3323 / 3355-3324. Confira a crítica de Carlos Rennó na íntegra escrita para a bandavoou!
Bem vinda, bandavoou!
Que aparição!
Chega com bala na agulha, esbanjando jovial e agradabilíssima inquietação. Como seria natural num caso de estreia de uma banda, de início podem-se pressentir aqui ou ali ecos de influências logo porém esquecidas ou abafadas pois devidamente filtradas, organicamente reelaboradas e transformadas em uma criação autenticamente nova.
Nossa, o disco – “Nó” – é excelente!
Há uma diversidade de climas e ritmos e gêneros (do samba ao reggae…) sem causar no entanto uma incômoda impressão de ecletismo, de tiros dados em várias direções. Pelo contrário, o que a obra dos meninos passa é coesão, unidade.
Percebe-se riqueza musical, nas atmosferas, nos arranjos, nas diferentes alusões a descrições de sentimentos (de amor ou de ódio), situações e paisagens (exteriores e interiores) – que podem remeter tanto aos centros urbanos de nossos dias como ao sertão nordestino; à contemporaneidade tanto quanto à tradição.
Tudo isso combinado com uma força poética indelével, detectando-se mesmo um cuidado e um artesanato que atinge pontos de intensidade no conteúdo (veja como surpreendentemente irrompem versos como “Mate-me com festim/faça uma festa”), em “Vê se me escreve”, marcada por um suave-obsessivo Cello e virtuosismo no rimário (vejam as cascatas de rimas em série, em versos curtos, de “Perfume na Pinta”). É grande, inequívoca a incidência, a presença de poesia. Numa das várias belas canções do repertório (“Onde se escutam martelos”, que surpreende com uma original analogia metafórica e imagética entre amor e prego), somente versos recitados compõem a “letra” da composição.
Em outra, versos cantados são depois recitados, explorando seu caráter literário, em trecho avançado da música. Ou então toda uma introdução é recitada, como se dá na participação inconfundível de Elomar no disco, em “Finado Tóta” (que também finaliza com versos falados).
Pernambuco mostra sua força mais uma vez!
Viva! A bandavoou decolou!
Carlos Rennó