Asteroide Bennu pode ter vindo de planeta com oceano Imagem: Divulgação
Asteroide Bennu pode ter vindo de planeta com oceano Imagem: Divulgação

Por Uol

As descobertas são importantes para a compreensão dos ambientes onde os materiais de Bennu se originaram e como elementos simples se transformaram em moléculas complexas, abrindo novas portas para entender a origem da vida em nosso planeta.

Relíquia antiga dos primeiros dias do nosso sistema solar, o asteroide Bennu viu mais de 4,5 bilhões de anos de história. Segundo a Nasa, como seus materiais são tão antigos, acredita-se que ele contenha moléculas orgânicas semelhantes àquelas que podem ter se envolvido com o início da vida na Terra.

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Como já mostrado pelo Estadão, os cientistas acreditam que a razão pela qual a Terra tem oceanos, lagos e rios é porque foi atingida por asteroides que transportavam água entre 4 bilhões e 4,5 bilhões de anos atrás, tornando-a um planeta habitável. Além disso, a vida na Terra é baseada no carbono, que forma ligações com outros elementos para produzir proteínas e enzimas, bem como os blocos de construção do DNA e do RNA.

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“A cada semana, a equipe de análise de amostras OSIRIS-REx fornece descobertas novas e às vezes surpreendentes que estão ajudando a colocar restrições importantes na origem e evolução de planetas semelhantes à Terra”, disse, em comunicado da Nasa, Harold Connolly, coautor principal do artigo e cientista de amostras da missão OSIRIS-REx.

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LABORATÓRIOS ANALISAM MATERIAIS DE ASTEROIDE BENNU

Dante Lauretta, pesquisador principal da missão OSIRIS-REx, informou em um comunicado da Nasa que, embora a presença e o estado dos fosfatos, juntamente com outros elementos e compostos em Bennu, sugiram um passado aquoso para o asteroide, essa hipótese ainda precisa de mais investigação.

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Agora, dezenas de outros laboratórios nos Estados Unidos e em todo o mundo receberão porções da amostra de Bennu do Johnson Space Center da Nasa em Houston nos próximos meses, e muitos mais artigos científicos descrevendo análises da amostra de Bennu são esperados nos próximos anos a partir da equipe de análise de amostras OSIRIS-REx.