Cerca de 150 pessoas participaram na manhã de hoje (26) do ato de protesto em defesa dos usuários da telefonia móvel. Na prática, tornou-se um grande desabafo contra a operadora TIM, principal alvo das críticas. O ato idealizado pelo vereador Zé Pereira (PT)  reuniu representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR), além de vereadores e do deputado Manoel Santos (PT). Dezenas de pessoas fizeram relatos sobre a qualidade dos serviços prestados pela TIM.

“Isso é uma coisa inadmíssivel. Eu tenho que fazer muito malabarismo para conseguir fazer uma ligação. E mais: na maioria das vezes fico revoltada quando vem a gravação dizendo que o telefone não existe”, desabafou a agricultora Terezinha Silva, moradora do Sítio Macambira, zona rural de Serra Talhada.

O teólogo e professor José Ferreira Júnior também fez uso da palavra e elogiou a iniciativa do vereador petista. “É preciso que as pessoas demonstrem a sua insatisfação. Estou aqui como intelectual e como formador de opinião para reforçar que ninguém aguenta mais tanto descaso”, reclamou Ferreira. O ponto alto do protesto foi quando da quebra simbólica de uma chip Tim, protagonizado pelo radialista Júnior Duarte.

Segundo os organizadores do protesto, este foi o primeiro de uma série que deverão acontecer, caso os serviços não continuem como estão. “Vamos abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), na Assembleia Legislativa para investigar os abusos. Não só do ponto de vista dos serviços prestados mas do enriquecimento ilícito da TIM “, disse o deputado Manoel Santos, afirmando que o cidadão deverá ingressar na justiça para fazer valer os seus direitos.

Mesmo reconhecendo que o público não foi o esperado, o vereador Zé Pereira acredita que o recado foi dado. “Esperava muito mais gente mas fizemos a nossa parte. A relação ora existente entre TIM e usuário não tem outro nome.È roubo mesmo”, desabafou. Os organizadores do ato preparam agora um documento a ser enviado ao Ministério Público Federal (MPF), Assembléia Legislativa de Pernambuco(ALEPE) e a Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL).