AUDIÊNCIA 2: CMST pode ingressar com mandado de segurança em favor de motoristasCaso não haja um acordo na reunião que será realizada na próxima quinta-feira (12) para regulamentar o tráfego dos caminhões “paus de arara” na Capital do Xaxado, a Câmara Municipal de Serra Talhada (CMST) pode ingressar com um Mandado de Segurança em favor dos motoristas prejudicados. A informação foi passada pelo vereador Sinézio Rodrigues (PT), que coordenou a audiência pública realizada nesta segunda-feira (9).

“A sugestão veio do próprio promotor de Justiça, Dr. Vandeci de Souza Leite, e nós acatamos. Ainda não sentei com o presidente José Raimundo (PTB) para discutir o assunto mas vou defender esta proposta, caso não haja um acordo na reunião com o Ministério Público Federal (MPF)”, disse Rodrigues, que substituiu José Raimundo, que sofreu um acidente com motocicleta no último sábado (7) mas passa bem.

AUDIÊNCIA 2: CMST pode ingressar com mandado de segurança em favor de motoristasREAÇÃO DO DEPUTADO

Um dos discursos mais aplaudidos foi do deputado estadual petebista Augusto César (PTB), o único dos três representantes de Serra Talhada na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Ele fez uma defesa radical dos paus de arara e condenou a rigidez da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

“Quero me solidarizar com os motoristas aqui presentes. Alguns vivem se escondendo, se desviando e buscando atalhos como se estivessem transportando maconha. Isso nos fere muito”, desabafou César, na tribuna da Câmara de Vereadores. Ele disse que iria ter uma audiência com o secretário estadual de Transportes, Isaltino Nascimento, para debater o assunto. O deputado Manoel Santos (PT) não compareceu mas justificou a ausência. Já o deputado Sebastião Oliveira (PR) não emitiu nenhuma nota sobre a reunião.

AÇÃO DA PRF

Quem representou a Polícia Rodoviária Federal (PRF) na audiência pública foi o policial Luciano Lemos, chefe da Delegacia de Serra Talhada. Lemos defendeu o trabalho da equipe e o ato de fiscalizar; e até contou com o apoio do deputado Gonzaga Patriota.

“É preciso que o transporte esteja legalizado como determina o Código de Trânsito. Se houver um acidente em que se morram duas ou três pessoas a pressão virá em cima do órgão fiscalizador. Estamos apenas cumprindo a legislação e quem está ilegal não é a Polícia Rodoviária Federal”, disse o delegado Lemos, afirmando ainda que nenhum policial cometeu qualquer arbitrariedade no ato de fiscalizar. “Ninguém foi destratado”, finalizou Lemos.