Briga de família quase acaba em tragédia em STUma briga de família quase acabou em tragédia nesta segunda-feira (10), por volta das 19h30, na Academia das Cidades, no bairro Ipsep, em Serra Talhada. Denilda de Lima Pereira Silva, 48 anos, moradora do bairro Tancredo Neves, esteve na redação do Farol de Notícias nesta terça-feira (11). Ela explicou que decidiu expor o caso por temer por sua própria vida.   

Denilda disse que é de costume fazer caminhada na Academia das Cidades, mas, nesta segunda-feira (10), foi surpreendida pela sua irmã, que portava uma faca peixeira.

“Eu estava fazendo a minha caminhada como de costume; quando eu estava na última volta, ela me chamou, fez sinal com a mão. Eu disse que não, e dei sinal para ela ir para a minha casa, porque na minha casa eu tenho direito de falar. Foi quando ela deu de garra na peixeira. A minha irmã foi para me matar com uma faca, uma peixeira grande. Dois homens seguraram ela. Eu fiquei paralisada, em choque. Todo mundo ficou olhando, porque aquela situação foi terrível. Quando eu voltei para mim, eu segui, e logo à frente estavam os policiais. Eu pensei: ‘Eu não vou para casa, porque ela vai tentar de novo”, disse Denilda de Lima, acrescentando:

“Perguntei ao policial o que eu deveria fazer naquela situação, que eu havia acabado de passar. Ele disse: ‘A senhora quer ir à delegacia?’, eu disse: ‘Quero’. Chamaram o sargento, e deu a ordem para nós duas irmos na viatura. Quando chegou lá, eu tive o direito de prestar o meu depoimento. A faca está na delegacia. Ela foi indiciada como tentativa de homicídio, mas eles jogaram para a justiça, disseram que quem vai resolver é o juiz, e depois os papéis chegarão na minha casa e na dela”. 

A MOTIVAÇÃO

Ainda durante a entrevista, a serra-talhadense expôs as razões, segundo ela, por ter sido atacada pela própria irmã. “A minha mãe está em tratamento de câncer, na verdade ela não tem mais câncer, mas tem as consultas de rotina. Ela [irmã] diz que não tem estrutura emocional para viajar com a minha mãe para o Recife, para o IMIP [Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira]. Quem fez a primeira parte mais burocrática, foi a minha irmã mais nova que foi embora para São Paulo. Ficamos eu e ela”, relatou Denilda de Lima, finalizando:

“Eu disse que ela também tinha obrigação com a minha mãe. Ela se voltou contra a minha pessoa. Ela teve que viajar com a minha mãe no dia quatro. Eu acho que ela quer que a responsabilidade fique toda nas minhas costas. Qual é o problema? Não é a nossa mãe? Isso é uma pessoa ignorante. É de você olhar e dizer: ‘Isso não é motivo de uma pessoa querer matar outra’”.