Ele está em algum lugar na linha do tempo. Ora se aproximamos dele, ora nos afastamos. Ora estamos quente, ora estamos frio. Para muitos dos nossos antecedentes o tempo acabou, eles não tiveram o privilégio de encontrarem o Brasil que sonharam. E para nós? Ainda há tempo? E para nossos filhos e netos, haverá tempo?
Abandonamos a ditadura e pegamos a direção da democracia, depois acabamos com o amadorismo no tratamento da economia e implementamos uma política séria de estabilização da moeda, o plano real, baseado na única lei que o mercado conhece. A lei da oferta e da procura, nestes momentos sentimos o calor da proximidade do Brasil que sonhamos. Ficamos quente.
Há 13 anos, no entanto, estamos caminhando numa mesma direção, a direção que nos encontramos até esta data, por alguns momentos pensamos que estávamos na direção certa, mas o calor que sentíamos não era verdadeiro, era inventado, fruto de pedaladas cuja extensão verdadeira ainda não conhecemos. O fato é que o sentimento que temos neste momento é que estamos frio, muito longe do Brasil que sonhamos.Não resta dúvida que por este caminho estamos a cada dia nos afastando dele. Um Brasil sem inflação, com baixo desemprego, economia forte, onde os cidadãos brasileiros tenham uma vida digna, a mesma prometida pelos nossos representantes em tempos de eleição.
Estamos muito frios. E agora? Só tomando a direção da mudança da estrutura de nossas organizações públicas e privadas, alicerçadas na mudança de postura das pessoas que a integram, começaremos a sentir o calor da proximidade do Brasil sonhado. O tempo urge, é hora de levantar, sacudir a poeira e dá a volta por cima. Devemos esta atitude aos nossos descendentes, pois logo, logo, o tempo também acabará para nós. Agindo assim, um dia, ainda ouviremos alguns brasileiros gritarem: achamos.
6 comentários em Cadê o Brasil que sonhamos? Estamos quente ou frio à procura dele?