eugenioPor Eugênio Marinho, empresário de Serra Talhada

Ele está em algum lugar na linha do tempo. Ora se aproximamos dele, ora nos afastamos. Ora estamos quente, ora estamos frio. Para muitos dos nossos antecedentes o tempo acabou, eles não tiveram o privilégio de encontrarem o Brasil que sonharam. E para nós? Ainda há tempo? E para nossos filhos e netos, haverá tempo?

Abandonamos a ditadura e pegamos a direção da democracia, depois acabamos com o amadorismo no tratamento da economia e implementamos uma política séria  de estabilização da moeda, o plano real, baseado na única lei que o mercado conhece. A lei da oferta e da procura, nestes momentos sentimos o calor da proximidade do Brasil que sonhamos. Ficamos quente.

Há 13 anos, no entanto, estamos caminhando numa mesma direção, a direção que nos encontramos até esta data, por alguns momentos pensamos que estávamos na direção certa, mas o calor que  sentíamos não era verdadeiro, era inventado, fruto de pedaladas cuja extensão verdadeira ainda não conhecemos. O fato é que o sentimento que temos neste momento é que estamos frio, muito longe do Brasil que sonhamos.Não resta dúvida que por este caminho estamos a cada dia nos afastando dele. Um Brasil sem inflação, com baixo desemprego, economia forte, onde os  cidadãos brasileiros tenham uma vida digna, a mesma prometida pelos nossos representantes em tempos de eleição.

Estamos muito frios. E agora? Só tomando a direção da mudança da estrutura de nossas organizações públicas e privadas, alicerçadas na mudança de postura das pessoas que a integram, começaremos a sentir o calor da proximidade do Brasil sonhado. O tempo urge, é hora de levantar, sacudir a poeira e dá a volta por cima. Devemos esta atitude aos nossos descendentes, pois logo, logo, o tempo também acabará para nós. Agindo assim, um dia, ainda ouviremos alguns brasileiros gritarem: achamos.