Cansados de esperar pela PMST, moradores quebram laje para dar passagem à chuva

Giovanni Alves Publicado em 08/04/2014 07:16:37 Atualizado em 08/04/2014 08:33:15 4 comentários

Cansados de esperar por uma providência da Prefeitura Municipal de Serra Talhada (PMST), moradores do bairro São Cristovão, da Rua Antonio Tomé de Souza, colocaram a mão na massa e alargaram um canal que – segundo afirmam – estava dificultando a passagem de água durante as fortes chuvas. A informação foi repassada ao FAROL pelo dono da propriedade que teve a laje destruída, o dentista Luiz Carlos. Ele autorizou a destruição da obra e também espera respostas da prefeitura.

Nas últimas chuvas, várias casas acabaram inundadas na rua. E muitos culparam a construção dele alegando que a obra havia colaborado na retenção das águas que invadiram residências. Os moradores também disseram que haviam acionado a Prefeitura de Serra Talhada desde 2013 para tentar solucionar o assunto, mas não foram atendidos. Daí decidiram resolver sozinhos.

Em discurso na tribuna, nessa segunda-feira (7), o vereador líder da oposição, Gilson Pereira, comentou a questão. Na visão dele, os moradores foram prejudicados pela inércia do governo municipal, que não atendeu a reivindicação dos moradores da rua quando o problema foi diagnosticado. Em conversa com o FAROL, moradores reclamaram que não foram ouvidos pelo prefeito Luciano Duque.

“Fizemos esse pedido à prefeitura há um ano atrás, olha aí o resultado que sobrou para a gente. A Prefeitura veio para quebrar e alargar isso, mas só fizeram olhar e não voltaram mais. Ainda estamos terminando de pagar o prejuízo das perdas da chuva do ano passado, e já somamos mais um prejuízo por cima agora este ano”, lamentou o morador, Naldo Olinda, que mora na Antonio Tomé de Souza há 20 anos.

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4 comentários em Cansados de esperar pela PMST, moradores quebram laje para dar passagem à chuva

pedro bol — 8 de abril de 2014

Parabéns para Luiz Carlos e todos os moradores da rua pela iniciativa desses trabalhos, é assim mesmo que se faz, se for esperar pela Prefeitura, pode demorar e vidas tem pressas.

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moradora dessa rua — 8 de abril de 2014

Boa noite, ate agora sempre estive calada com toda situação, mas quero dizer-lhe que, algumas pessoas colocam a culpa em Dr. Luiz Carlos, mas não é bem assim, o que acontece é que na frente do canal da casa dele na Rua Getúlio Vargas, as águas quando chegam lá deparam com essa rua ja cheia sem ter por onde ´passar de imediato, pelo o fato de que, quando a água desce no canal da casa de Dr. LUIZ, existem casas na frente onde ampara toda água, e o canal que é por onde as águas devem passar fica no meio da rua, quem quiser saber se estou falando a verdade é so ir olhar, MAS, gostei muito da atitude dele juntamente com todos os vizinhos de fazerem esse serviço, que sei que vai melhorar um pouco, mas não resolve, pois o problema é mais sério e só a Prefeitura pode resolver, são muitas ruas pra serem consertadas.Grato.

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Ranilson Lemos — 8 de abril de 2014

Agora é que voces estão vendo isso, depois de sacrificarem e aterrorizarem o Doutor, culpando-o de algo que se sabia que não era o que da questão, ou melhor a solução. Agora que colocaram a laje do homem abaixo, dando-lhe um baita prejuizo é que enchergaram a coisa como realmente ela é. Bastou uma pequena chuva para voces ficarem sabendo disso, ou seja que jamais vão deixar de sofrerem com as chuvas , pois são vários os problemas e as atitudes para se resolver isso aí, que não vou relatar,pois levaria muito tempe e espaço. Mas uma coisa é certa, voces deveriam pedir desculpas para o Dr. e agrdecer pela sua generosidade, pois ele é um homem educado e sensato e acima de tudo muito humano, pois já tinha uma visão muito ampla do problema e pensava em prol de todos e não de apenas alguns interessados. Agora corram atrás de uma solução mais ampla e que dê resultados. Só quero ver isso acontecer, pois pelo que eu sentia, só queriam mesmo era atingir o Doutor.

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Eliane Oliveira — 9 de abril de 2014

Bom dia a todos, é com tristeza que vejo toda essa tragédia se repetir em nosso bairro São Cristovão. A alguns anos atrás na Rua Monsenhor Pinto de Campos (rua da antiga escola parque), todas as vezes que chovia forte represava a água, pois a rua era sem saída. Como à água não tinha escoamento, estourava por um terreno baldio na parte dos fundos de algumas casas da Praça São Cristovão, inclusive uma de minha propriedade. Houveram vários desastres, entre eles: o que destruiu a casa de D. Terezinha, além de ter perda total da seu imóvel, até o piso teve que ser trocado, ela também sofreu com lesões corporais. Outra vítima foi a família de João, vizinho de D. Terezinha, que por duas vezes teve sua casa destruída, por fim ainda a antiga Escola Parque foi inundada, sorte que não tinha nenhuma criança no local no horário da enxurrada. Pois bem, porque estou fazendo este relato? Para tentar ajudar-los com nossa história e com a solução que graças a Deus e com muita luta dos moradores conseguimos encontrar. Fomos inúmeras vezes a procura dos representantes da Prefeitura, várias reuniões com o Promotor, até que fiz um relatório e mostrei o que cobraríamos judicialmente, além de mostrar a responsabilidade do município por tudo que estava acontecendo. Por fim, em uma reunião o Promotor Dr. Vandeci, o mesmo fez um (TAC) Termo Ajuste de Conduta, publicado no Diário Oficial e os demais trâmites necessários. Conseguimos a autorização e com a documentação fiz uma reunião com os proprietários das casas que fechava a rua, fizemos uma avaliação judicial e a Prefeitura indenizou os proprietários, demoliram os imóveis e abriram a rua. Foi tudo solucionado, depois de décadas de sofrimento. Quero expressar a minha solidariedade com todos os moradores da rua, pois são na maioria meus conhecidos e amigos, e em especial a Dr. Luiz Carlos e ao casal Marina e Naldo. Estou a disposição para ajudá-los sem nenhum vínculo político ou partidário. Também não posso esquecer da proprietária do veículo que foi praticamente engolido pelas águas, Eliane Queiroz, a qual já estou prestando meus conhecimentos jurídicos e que nesse momento de sofrimento se juntou aos moradores da rua, sendo vítimas como vocês do descaso municipal.Eliane Oliveira.

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