Da Agência Brasil

A Catalunha vive um racha entre os que querem a independência da região e os que preferem manter a unidade do país. Hoje (21), a população está indo às urnas para escolher os 135 membros do Parlamento para os próximos quatro anos.

A votação ocorre após meses de indefinição em um contexto político delicado. O processo começou com um referendo realizado no dia 1º de outubro e considerado ilegal pelo governo da Espanha. Mariano Rajoy, primeiro-ministro espanhol, acionou o artigo 155 da Constituição, que destituiu políticos que participaram da tentativa independentista, suspendeu temporariamente a autonomia da região e convocou novas eleições.

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Além disso, as previsões mostram uma disputa muito apertada entre os partidos.

Logo cedo, na manhã de hoje, longas filas se viam nas entradas dos colégios eleitorais. A expectativa é de que mais de 5 milhões e meio de catalães votem até o fim do dia.

De um lado, estão três partidos independentistas: JuntsxCat (Junts per Catalunya), ERC (Esquerda Republicana da Catalunha e CUP (Candidatura de Unidade Popyular).

De outro lado, três partidos que rejeitam o separatismo: Ciudadanos, PSC (Partido dos Socialistas da Catalunha) e PP (Partido Popular).

Apesar da possibilidade de que formem coalizões, é quase certeza que o próximo cenário seja de um parlamento muito fragmentado e com nenhum partido com mais de 40 deputados eleitos.

Além disso, estas eleições atípicas contam com diversos candidatos presos e alguns autoexilados na Bélgica. Ainda não se sabe exatamente como serão a posse e o mandato desses candidatos, caso ganhem a eleição.

Como é muito provável que nenhum partido consiga maioria absoluta, deve mesmo ser necessária a formação de coalizões. No entanto, mesmo entre os separatistas ou entre os que querem a unidade nacional, não há consenso. Assim, o dia de hoje parece ser apenas o começo de uma nova etapa de negociações na Catalunha.