
Com informações do Metrópoles
Originária do Brasil, a guaçatonga é uma planta tradicionalmente utilizada em comunidades rurais das regiões Sudeste e Centro-Oeste. Seu sabor caracteristicamente amargo é familiar aos que buscam na medicina popular alívio para problemas digestivos e inflamatórios leves. Recentemente, o crescente interesse por fitoterápicos impulsionou pesquisas científicas sobre seus compostos bioativos e aplicações terapêuticas.
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Além do conhecido efeito digestivo, estudos apontam propriedades cicatrizantes e antioxidantes na planta. No entanto, nutricionistas e médicos especializados em saúde integrativa reforçam que seu uso deve ser moderado e complementar – nunca substituindo tratamentos convencionais.
Principais benefícios
O chá de guaçatonga é associado a benefícios como:
- Proteção da mucosa gástrica e auxílio na digestão;
- Ação antioxidante e anti-inflamatória;
- Potencial cicatrizante em feridas leves;
- Auxílio na reparação celular.
Tais efeitos são atribuídos à presença de compostos fenólicos, taninos e flavonoides – moléculas com ação antioxidante que combatem radicais livres e reduzem o estresse oxidativo. No sistema digestivo, taninos e flavonoides protegem a mucosa gástrica, aliviando sintomas de gastrite leve, azia e indigestão. Pesquisas também indicam que extratos da planta aceleram a cicatrização de tecidos.
Giovanna Baleeiro, nutricionista da clínica Doctor Puro, em São Paulo, adverte: “Na visão integrativa, o chá de guaçatonga pode ser usado como complemento no tratamento de algumas condições, mas nunca como substituto de terapias médicas já estabelecidas”.
Preparo e consumo
Para preparar o chá:
- Utilize uma colher de sobremesa de folhas (frescas ou secas) por xícara de água;
- Despeje as folhas na água recém-fervida;
- Deixe em infusão por 5 a 10 minutos;
- Coe e consuma morno ou frio.
- O sabor amargo pode ser suavizado com mel ou gotas de limão.
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Contraindicações e precauções
O consumo excessivo de taninos pode causar irritação gástrica ou efeito laxativo. A médica integrativa Laita Babio, do Espaço Hi, em São Paulo, ressalta: “Gestantes, lactantes, crianças pequenas e idosos devem evitar o consumo sem orientação médica, pois não existem estudos suficientes que comprovem a segurança nessa população”.
Recomenda-se:
- Evitar uso diário ou prolongado;
- Moderar as quantidades (uma colher por xícara);
- Preferir folhas frescas à casca, que tem concentração mais alta de substâncias;
- Buscar orient profissional antes do consumo, principalmente em casos de uso de anticoagulantes, quimioterápicos ou outros medicamentos contínuos.
A guaçatonga representa assim um recurso natural valioso, mas que exige consciência e acompanhamento para uso seguro e eficaz.