Chá anti-inflamatório reduz glicemia e melhora sintomas respiratórios - Foto: MYKOLA OSMACHKO/Pexels
Foto: MYKOLA OSMACHKO/Pexels

Com informações do Metrópoles

O manjericão-santo, também conhecido como tulsi, é uma erva frequentemente utilizada na preparação de chás e celebrada por suas propriedades medicinais. Evidências científicas indicam que, além de promover uma sensação de bem-estar, a planta pode favorecer o equilíbrio fisiológico, beneficiar a saúde metabólica e oferecer proteção contra agentes oxidantes.

Seu uso é investigado principalmente no que se refere ao controle dos níveis de açúcar no sangue, ao ajuste de hormônios e à sua atuação como antioxidante. A erva também possui efeitos anti-inflamatórios, sendo empregada para aliviar dores e reduzir edemas.

Continua depois da publicidade

Receba as manchetes do Farol de Notícias em primeira mão pelo WhatsApp (clique aqui)

Além do formato de infusão, o manjericão-santo pode ser encontrado na forma de cápsulas e extratos, que contêm dosagens padronizadas de seus princípios ativos. Essa diversidade de apresentações possibilita uma utilização mais controlada em contextos terapêuticos, porém é fundamental cautela em relação a possíveis interações com determinados remédios.

É crucial destacar que a bebida não possui efeitos milagrosos: sua ingestão deve ser supervisionada por um profissional de saúde e só produz resultados quando integrada a um estilo de vida que inclua alimentação equilibrada e prática constante de atividades físicas.

Os motivos dos benefícios do chá de manjericão-santo

O manjericão-santo se notabiliza por sua aptidão em favorecer o processamento da glicose e a resposta celular à insulina. Isso implica que a planta pode ajudar o organismo a utilizar de modo mais eficiente o açúcar circulante na corrente sanguínea, propiciando o controle glicêmico, sobretudo em casos de resistência à insulina.

Para além dos efeitos sobre a glicose, o chá também colabora para normalizar as concentrações de cortisol, hormônio associado ao estresse, que, quando mantido elevado por tempo prolongado, pode predispor ao aumento de peso e provocar desregulações metabólicas. Essa atividade pode favorecer o gerenciamento do peso e a estabilidade do metabolismo, além de induzir à tranquilidade.

“Ele pode ter um papel indireto no controle de peso, já que melhora a sensibilidade à insulina e ajuda na regulação do estresse, fatores que influenciam o metabolismo energético e o apetite. Porém, o controle da obesidade exige uma abordagem multifatorial que inclui alimentação balanceada, atividade física e, quando necessário, acompanhamento médico”, esclarece Fernanda Parra, endocrinologista que atende em São Paulo.

Continua depois da publicidade

O manjericão-santo ainda pode servir como um suporte para o aparelho respiratório, contribuindo para a saúde das vias aéreas e diminuindo incômodos ligados à respiração, particularmente em indivíduos com doenças respiratórias.

“O chá de manjericão-santo tem sido estudado como apoio no tratamento de condições respiratórias como bronquite e asma. Ele não substitui o tratamento médico, mas pode melhorar sintomas como tosse, secreção excessiva e inflamação das vias aéreas, ajudando na respiração”, explica Stephanie Araújo, nutricionista dos hospitais São Marcelino Champagnat e Universitário Cajuru, em Curitiba (PR).

Outra vantagem é o caráter adaptógeno da erva, que suporta o corpo no manejo de circunstâncias de tensão física e mental. O uso constante pode diminuir sintomas brandos de ansiedade, cansaço e perturbações do sono, ao mesmo tempo que promove um equilíbrio fisiológico mais amplo, beneficiando globalmente o funcionamento do organismo.

Principais vantagens do chá de manjericão-santo

  • Diminuição da glicose em jejum e aprimoramento da sensibilidade insulínica.

  • Modulação do cortisol e redução do estresse.

  • Atividade antioxidante e neutralização de radicais livres.

  • Auxílio no alívio de sintomas respiratórios, como tosse e processos inflamatórios.

    Continua depois da publicidade
  • Contribuição para o equilíbrio emocional e indução ao relaxamento.

Os principais fatos de Serra Talhada e região no Farol de Notícias pelo Instagram (clique aqui)

Restrições

Apesar dos impactos positivos, o manjericão-santo demanda prudência em certas circunstâncias. Seu consumo pode interferir em alguns fármacos e condições de saúde, tornando imprescindível a consulta a um especialista antes de incorporá-lo à dieta.

“O consumo do manjericão-santo deve sempre ser acompanhado por um médico, principalmente em pacientes em uso contínuo de medicamentos”, detalha a endocrinologista Fernanda.

Essas medidas preventivas ajudam a evitar reações adversas, assegurando que o chá ou os suplementos atuem como complemento a tratamentos médicos em curso, e não os comprometam.

Os especialistas advertem que a erva pode interagir com algumas classes de medicamentos. Destacam-se:

  • Antidiabéticos: o manjericão-santo pode intensificar a redução da glicemia, elevando o risco de hipoglicemia em quem já utiliza fármacos para controlar o diabetes;

    Continua depois da publicidade
  • Medicamentos metabolizados no fígado: a erva pode afetar o processamento de alguns remédios e hormônios, modificando sua absorção ou efetividade;

  • Ansiolíticos, anticoagulantes e anti-hipertensivos: o uso simultâneo pode potencializar os efeitos desses medicamentos, necessitando de monitoramento profissional;

  • Distúrbios da tireoide: indivíduos com hipotireoidismo ou hipertireoidismo devem agir com prudência e jamais substituir terapias convencionais pelo consumo da planta.