
Com informações do Metrópoles
O manjericão-santo, também conhecido como tulsi, é uma erva frequentemente utilizada na preparação de chás e celebrada por suas propriedades medicinais. Evidências científicas indicam que, além de promover uma sensação de bem-estar, a planta pode favorecer o equilíbrio fisiológico, beneficiar a saúde metabólica e oferecer proteção contra agentes oxidantes.
Seu uso é investigado principalmente no que se refere ao controle dos níveis de açúcar no sangue, ao ajuste de hormônios e à sua atuação como antioxidante. A erva também possui efeitos anti-inflamatórios, sendo empregada para aliviar dores e reduzir edemas.
Receba as manchetes do Farol de Notícias em primeira mão pelo WhatsApp (clique aqui)
Além do formato de infusão, o manjericão-santo pode ser encontrado na forma de cápsulas e extratos, que contêm dosagens padronizadas de seus princípios ativos. Essa diversidade de apresentações possibilita uma utilização mais controlada em contextos terapêuticos, porém é fundamental cautela em relação a possíveis interações com determinados remédios.
É crucial destacar que a bebida não possui efeitos milagrosos: sua ingestão deve ser supervisionada por um profissional de saúde e só produz resultados quando integrada a um estilo de vida que inclua alimentação equilibrada e prática constante de atividades físicas.
Os motivos dos benefícios do chá de manjericão-santo
O manjericão-santo se notabiliza por sua aptidão em favorecer o processamento da glicose e a resposta celular à insulina. Isso implica que a planta pode ajudar o organismo a utilizar de modo mais eficiente o açúcar circulante na corrente sanguínea, propiciando o controle glicêmico, sobretudo em casos de resistência à insulina.
Para além dos efeitos sobre a glicose, o chá também colabora para normalizar as concentrações de cortisol, hormônio associado ao estresse, que, quando mantido elevado por tempo prolongado, pode predispor ao aumento de peso e provocar desregulações metabólicas. Essa atividade pode favorecer o gerenciamento do peso e a estabilidade do metabolismo, além de induzir à tranquilidade.
“Ele pode ter um papel indireto no controle de peso, já que melhora a sensibilidade à insulina e ajuda na regulação do estresse, fatores que influenciam o metabolismo energético e o apetite. Porém, o controle da obesidade exige uma abordagem multifatorial que inclui alimentação balanceada, atividade física e, quando necessário, acompanhamento médico”, esclarece Fernanda Parra, endocrinologista que atende em São Paulo.
O manjericão-santo ainda pode servir como um suporte para o aparelho respiratório, contribuindo para a saúde das vias aéreas e diminuindo incômodos ligados à respiração, particularmente em indivíduos com doenças respiratórias.
“O chá de manjericão-santo tem sido estudado como apoio no tratamento de condições respiratórias como bronquite e asma. Ele não substitui o tratamento médico, mas pode melhorar sintomas como tosse, secreção excessiva e inflamação das vias aéreas, ajudando na respiração”, explica Stephanie Araújo, nutricionista dos hospitais São Marcelino Champagnat e Universitário Cajuru, em Curitiba (PR).
Outra vantagem é o caráter adaptógeno da erva, que suporta o corpo no manejo de circunstâncias de tensão física e mental. O uso constante pode diminuir sintomas brandos de ansiedade, cansaço e perturbações do sono, ao mesmo tempo que promove um equilíbrio fisiológico mais amplo, beneficiando globalmente o funcionamento do organismo.
Principais vantagens do chá de manjericão-santo
-
Diminuição da glicose em jejum e aprimoramento da sensibilidade insulínica.
-
Modulação do cortisol e redução do estresse.
-
Atividade antioxidante e neutralização de radicais livres.
-
Auxílio no alívio de sintomas respiratórios, como tosse e processos inflamatórios.
-
Contribuição para o equilíbrio emocional e indução ao relaxamento.
Os principais fatos de Serra Talhada e região no Farol de Notícias pelo Instagram (clique aqui)
Restrições
Apesar dos impactos positivos, o manjericão-santo demanda prudência em certas circunstâncias. Seu consumo pode interferir em alguns fármacos e condições de saúde, tornando imprescindível a consulta a um especialista antes de incorporá-lo à dieta.
“O consumo do manjericão-santo deve sempre ser acompanhado por um médico, principalmente em pacientes em uso contínuo de medicamentos”, detalha a endocrinologista Fernanda.
Essas medidas preventivas ajudam a evitar reações adversas, assegurando que o chá ou os suplementos atuem como complemento a tratamentos médicos em curso, e não os comprometam.
Os especialistas advertem que a erva pode interagir com algumas classes de medicamentos. Destacam-se:
-
Antidiabéticos: o manjericão-santo pode intensificar a redução da glicemia, elevando o risco de hipoglicemia em quem já utiliza fármacos para controlar o diabetes;
-
Medicamentos metabolizados no fígado: a erva pode afetar o processamento de alguns remédios e hormônios, modificando sua absorção ou efetividade;
-
Ansiolíticos, anticoagulantes e anti-hipertensivos: o uso simultâneo pode potencializar os efeitos desses medicamentos, necessitando de monitoramento profissional;
-
Distúrbios da tireoide: indivíduos com hipotireoidismo ou hipertireoidismo devem agir com prudência e jamais substituir terapias convencionais pelo consumo da planta.